segunda-feira, 10 de maio de 2010

ARTIGOS MUITO INTERESSANTES

Recebi dos colaboradores Dr. Gustavo Carvalho e Dr. Leandro Cavazzola, a sua publicação (online por hora) no Surgical Endoscopy, revista oficial da SAGES, e das mais importantes na área de videocirurgia.
Vejam abaixo. a tradução foi livre para maior facilidade de entendimento por parte dos leitores do nosso blog.

Caros Amigos e Colaboradores:

É com imenso prazer que comunicamos que saiu a nossa publicação sobre a importância do tamanho de incisões em cirurgia.

Can
mathematic formulas help us with our patients?

Gustavo Lopes de Carvalho • Leandro Totti Cavazz
ola
Surg Endosc • DOI 10.1007/s00464-010-1065-3

Em anexo, alem do nosso, vai o artigo "Incisions do not simply sum – Dr. Thane Blinman" que nos inspirou a escrever este.

Para todos os apreciadores da cirurgia minimamente invasiva


Bom proveito!!!

Um abraço

GUSTAVO CARVALHO

Can mathematic formulas help us with our patients?

  • Dr. Gustavo Lopes de Carvalho – Professor da Universidade Estadual de Pernambuco
  • Leandro Totti Cavazzola – Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Surg Endosc 2010

Nós lemos com interesse especial o artigo intitulado ‘‘Incisions do not simply sum’’ por Thane Blinman [1]. Em seu artigo, o autor baseado em um modelo matemático interessante e elegante prova que as incisões convencionais são sujeitas a mais tensão do que as incisões laparoscópicas, mesmo quando o comprimento total é igual. Nós temos trabalhado com a mini-laparoscopia (needlescopic surgery) por mais de 10 anos [2], e nós advogamos sempre que a diferença entre tamanhos de incisão é importante, baseado em outro modelo matemático muito mais simples: o uso da modelo geométrico cilíndrico para calcular o volume da incisão de tamanhos diferentes de incisão laparoscópica. O volume do cilindro é calculado pela fórmula conhecida, volume = PI X 2 X altura. Assim é fácil compreender que o volume de ferimento é diretamente e exponencial proporcional ao raio da incisão (Fig. 1). A Figura 2 ilustra os resultados para uma lesão hipotética da parede abdominal com aproximações cirúrgicas diferentes, mostrando o dano potencial à parede abdominal que aumenta exponencialmente enquanto o diâmetro do cilindro aumenta. O advento da cirurgia minimamente invasiva e sua extensamente reconhecida evolução nos últimos anos apresentaram aos cirurgiões outras opções cirúrgicas praticáveis. Na comunidade cirúrgica mundial, temos visto grandes comparações entre estas técnicas novas. Primeiramente, há alguns anos, nós vimos a cirurgia laparoscópica contra as mini-laparotomias, onde a laparoscopia provou ser melhor na maioria de considerações. Agora, a novidade é a cirurgia de portal único (LESS Surgery), que é provavelmente uma das mais populares destas novas tecnologias que foram incorporadas na prática cirúrgica. Depois do contato inicial e a comprovação que a maioria das cirurgias laparoscópicas regulares pode ser realizada através deste método [3, 4], uma pergunta importante ainda permanece não respondida: é a cirurgia de único-acesso melhor do que a laparoscópica que nós temos executado por mais de 20 anos? LESS Surgery têm a apelação cosmética forte, especialmente quando a cicatriz umbilical é usada como a porta de entrada. Todavia, isto é seguido por uma redução igual na resposta inflamatória e por benefícios pós-operatórios aos pacientes (redução da dor, e a menos complicações a curto e em longo prazo)? Nós certamente não sabemos ainda a resposta [5]. Por outro lado, a mini-laparoscopia, um refinamento da laparoscopia usual, tem estado já entre nós por mais de 15 anos, e com suas cicatrizes diminutas, pode oferecer quase os mesmos resultados estéticos que as cirurgias por orifício natural (NOTES), com uma cicatriz mesmo melhor na região umbilical do que a LESS Surgery, mantendo  a cicatriz umbilical nos mesmos padrões que a da laparoscopia de 10 milímetros. A tabela 1 mostra os volumes do cilindro para uma altura típica fixa da parede abdominal de aproximadamente 31.85 milímetros. É interessante observar que nossas conclusões matemáticas são as mesmas que expressadas por Blinman em seu artigo recente [1], e que a LESS Surgery oferecerá provavelmente resultados piores que os da laparoscopia convencional. Hoje em dia nós ainda precisamos mais estudos controlados e randomizados (se economicamente praticáveis), e este tipo de modelos matemáticos pode ser nossa melhor alternativa disponível para fazer decisões sobre que tipo de procedimento deve ser oferecido aos pacientes [6].
Referências Bibliográficas

1. Blinman T (2010) Incisions do not simply sum. Surg Endosc [Epub ahead]. doi:10.1007/s00464-009-0854-z
2. Carvalho GL, Silva FW, Silva JS, de Albuquerque PP, Coelho Rde M, Vilac¸a TG, Lacerda CM (2009) Needlescopic clipless cholecystectomy as an efficient, safe, and cost-effective alternative with diminutive scars: the first 1000 cases. Surg Laparosc Endosc Percutan Tech 19(5):368–372
3. Savaris R, Cavazzola LT (2009) Ectopic pregnancy; laparoendoscopic
single site surgery – laparoscopic surgery through a single cutaneous incision. Fertil Steril 92(3):1170.e5–1170.e7
4. Mu¨ller EM, Cavazzola LT, Machado Grossi JV, Mariano MB, Morales C, Brun M (2010) Training for laparoendocopic singlesite surgery (LESS). Int J Surg 8(1):64–68
5. de Campos Martins MV, Skinovsky J, Coelho DE, Ramos A, Galva˜o Neto MP, Rodrigues J, de Carli L, Totti Cavazolla L, Campos J, Thuller F, Brunetti A (2009) Cholecystectomy by single trocar access (SITRACC): the first multicenter study. Surg Innov 16(4):313–316
6. Cavazzola LT (2008) Laparoendoscopic single site surgery (LESS) - Is it a bridge to natural orifice translumenal endoscopic surgery (NOTES) or the final evolution of minimally invasive surgery? Editorial. Braz J Videondosc Surg (3):93–94




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