segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dia Nacional de Paralisação do Atendimento aos Planos de Saúde

Este comunicado nos foi enviado pelo Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos.
 
 
Atenciosamente ABCG.
 
 

MOBILIZAÇÃO URGENTE



Brasília-DF, 28 de fevereiro de 2011.

Prezado(a) colega,


A relação de trabalho entre os médicos e os planos de saúde está cada vez mais deteriorada. Além dos reajustes insuficientes, muito abaixo da inflação nos últimos  dez anos, há interferência na autonomia do médico e os contratos são irregulares, sem cláusulas de periodicidade e critérios de reajustes, contrariando determinação de 2004 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Nossos colegas que atuam na saúde suplementar  – cerca de 160 mil  médicos em todo o Brasil – têm grande expectativa sobre as ações de suas entidades representativas para enfrentar esses problemas.

Assim, contamos com seu inestimável empenho em mobilizar os médicos para o Dia Nacional de Paralisação do Atendimento aos Planos de Saúde, marcado para o próximo 7 de abril, data em que é comemorado o Dia Mundial da Saúde.

A estratégia integra a nossa agenda de lutas para 2011, definida pelas entidades médicas nacionais (AMB, CFM e FENAM), em reunião ampliada realizada em São Paulo, com a participação de inúmeras entidades estaduais e sociedades de especialidades.

São três diretrizes nacionais do movimento: organizar a luta por reajustes de honorários, tendo como balizador os valores da CBHPM/ Sexta Edição;  exigir a regularização dos contratos entre operadoras e médicos, conforme a Resolução ANS Nº 71 / 2004; e  promover ações no Congresso Nacional, visando a aprovação de projetos de lei que contemplem a relação entre médicos e planos de saúde.

Sugerimos que as Comissões Estaduaiscompostas pelas Associações Médicas, Conselhos Regionais de Medicina, Sindicatos Médicos e Sociedades Estaduais de Especialidades concluam, até o final de março,  uma avaliação da situação econômica com levantamento  dos valores pagos pelos planos de saúde que atuam no Estado.  A partir daí, que seja definida a meta de reajustes para 2011.

Nos meses de abril e maio deve ser iniciado o processo de negociação com os planos de saúde selecionados.

Em junho, diante dos resultados das negociações, devem ser convocadas assembléias estaduais específicas para definir as futuras ações do movimento.

No cronograma proposto, a paralisação do dia 7 de abril é um momento decisivo para protestar e, ao mesmo tempo, alertar a sociedade sobre as graves conseqüências dessa situação.




Por isso, fazemos uma solicitação especial para que sua entidade entre em contato com seus associados, visando a ampla divulgação e a adesão de todos os médicos às  seguintes atividades programadas:
1.     Suspensão, no dia 7 de abril, quinta-feira, de todas as consultas e procedimentos eletivos de pacientes conveniados a planos e seguros de saúde, com novo agendamento das consultas e dos demais atendimentos, mantida a assistência nos casos de urgência e emergência.
2.     Organização, no dia 7 de abril, a critério das entidades médicas locais e estaduais, de atos públicos, coletivas de imprensa e plenárias de médicos que atuam na saúde suplementar.
3.     Divulgação,  desde já,  da “Carta Aberta à População” ( texto anexo), que esclarece e pede o apoio dos usuários à mobilização dos médicos
O sucesso da mobilização no dia 7 de abril é fundamental  para fortalecer nossas ações futuras. Pedimos, portanto, o máximo envolvimento e colaboração de sua entidade.


Atenciosamente,





José Luiz Gomes do Amaral
Presidente da AMB

Roberto Luiz d’Avila
Presidente do CFM

Cid Célio Jayme Carvalhaes
Presidente da Fenam

CIRURGIA SEGURA - TEMA ATUAL DE GRANDE RELEVÂNCIA

A CIRURGIA SEGURA. UMA EXIGÊNCIA DO SÉCULO XXI
EDMUNDO MACHADO FERRAZ
Consultor do Projeto “Cirurgia Segura Salva Vidas” (OMS e Universidade Harvard). Ex-Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.
Rev. Col. Bras. Cir. 2009; 36(4): 281-282

  O Século XXI é considerado o século do conhecimento. Estima-se que o conhecimento adquirido nos primeiros 50 anos será maior do que o incorporado nos últimos 500 anos.
A humanidade conheceu um enorme desenvolvimento. Contudo, uma parcela considerável da população não usufrui os benefícios obtidos com esse progresso. A Cirurgia é um excelente exemplo deste contexto. Com uma história de pouco mais de 500 anos, passou por um grande progresso já nos últimos 50 anos. No ano de 2008 dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que foram realizadas 234 milhões de operações no mundo, uma para 25 pessoas vivas. Porém, 75% destas nos países desenvolvidos que contam com apenas 30% da população mundial. Morreram dois milhões de pacientes nesses procedimentos e cerca de sete milhões apresentaram complicações, sendo que 50% das mesmas foram consideradas evitáveis. Mais ainda, de cada 300 pacientes admitidos nos Hospitais morre um paciente.
Mais de 50% destes pacientes são cirúrgicos e preveníveis. Essas são cifras inadmissíveis no Século XXI, o que levou a OMS e a Universidade Harvard a iniciar uma campanha mundial (Cirurgia Segura Salva Vidas) para reduzir essas cifras vergonhosas que comprometem toda a civilização. A OMS estabeleceu uma meta até o ano de 2020 de redução das taxas de infecção do sitio cirúrgico em 25% o que implicaria em uma significativa queda da morbidade (complicações) e da mortalidade. A infecção hospitalar continua a ser um flagelo particularmente nos países em desenvolvimento. Dentre elas, a infecção urinaria é a mais freqüente, porém a infecção cirúrgica (incluindo a do sitio cirúrgico) é a que produz maior mortalidade, complicações e elevação do custo do tratamento. O impacto clinico desse fato implica em elevação da permanência hospitalar em 10 a 15 dias, aumento do risco de re-hospitalizaçao (cinco vezes) de necessidade de Terapia Intensiva (1,6%), duplica a mortalidade e tem um custo estimado nos Estados Unidos de 10 bilhões de dólares por ano.
  O século XXI tem despertado uma grande preocupação nas autoridades sanitárias pelo aumento explosivo da população de idosos (acima de 65 anos) estimada em mais de 40 milhões nos Estados Unidos até 2010 e de 20 milhões no Brasil até 2020. Isso significa um grande aumento no custo da despesa e do tratamento desses pacientes e ainda da incidência das doenças do envelhecimento tais como a diabetes tipo 2, as doenças vasculares, coronarianas, a obesidade, as doenças respiratórias e os fatores de risco dos pacientes.
Esse cenário preocupante necessita de prevenção imediata e um esforço conjunto de todos os países liderados pela OMS para inverter essa situação. Como meta prioritária para a segurança do paciente de 2006 a 2009 estabeleceu a OMS a melhoria da segurança e a prevenção do erro humano e do efeito adverso.
  Os processos de segurança tiveram um grande avanço nos últimos 30 anos. A instalação e o funcionamento das Usinas Nucleares depois dos acidentes de Three Mile Island nos USA e de Chernobyl na antiga União Soviética passaram por uma fase de grande progresso como
ocorreu com a NASA após acidentes com vários lançamento e vôos tripulados. A aviação civil também experimentou expressivo aumento da segurança apesar de retrocessos que rara e periodicamente ainda acontecem. A mortalidade é de cerca de um passageiro para mais de um milhão. Na prospecção de águas profundas em que a Petrobras tem experiência reconhecida também desenvolveu-se um processo crescente de segurança, inseparável desse tipo de atividade. Na Medicina os Hemocentros e a Anestesia foram pioneiros na cultura da segurança. Na década de 70 morria um paciente para cada 5.000 anestesias. Com a melhora da tecnologia e do conhecimento, adoção de um “checklist” anestésico, processo presente em toda cultura de segurança, passou a ocorrer no ano 2000 a mortalidade de um paciente para 250.000 anestesias, permanecendo, contudo, essa relação na África Sub-Saariana de um óbito
para 100 anestesias.
  O erro humano cometido por profissionais de saúde é extremamente elevado. Estima-se em 150.000 óbitos por ano nos USA e 80.000 por ano na Grã-Bretanha, sendo a 3ª causa de mortalidade após o câncer e as cardiopatias. Não existe estimativa desses números no Brasil.
O efeito adverso (EA) ocorre em cerca de 10% das intervenções cirúrgicas, ou seja, 23,4 milhões de caso por ano. Por efeito adverso compreendem-se descuidos com
a esterilização, utilização inadequada de antibióticos (somos campeões mundiais), queda (idosos), queimaduras, medicação trocada ou errada, equipamentos defeituosos ou ausentes, falta de leitos de terapia intensiva, de condições adequada de atendimento e falta de praticas e processos seguros. Troca de pacientes (medicação, operação), troca do lado da operação ou procedimento, técnica cirúrgica ou anestésica inadequada e falta de treinamento profissional. Existe uma interface muito tênue entre o efeito adverso e o erro. Baixos salários, condições inadequadas de trabalho, falta de manutenção de equipamentos podem levar a ambos. Da mesma maneira um profissional sobrecarregado ou estafado e a ausência de protocolos de segurança, cenário comum na maioria dos hospitais públicos brasileiros, certamente aumentam essa probabilidade particularmente aonde essa cultura não é incrementada.
Faltam, portanto protocolos adequados com registro de conformidades, efeitos adversos e registro de erros para que possamos conhecer e, sobretudo evitá-los que ocorra novamente o que se constitui em uma tarefa inadiável. O erro é caracterizado pela negligencia, imprudência e imperícia caracterizados nos códigos civil e penal não é apenas da responsabilidade do médico e sim de todos os profissionais da saúde e inclusive os Administradores
Hospitalares que podem ser indicados por negligencia e imprudência.
  A OMS elaborou um “checklist” para ser empregado em todos os procedimentos cirúrgicos, em qualquer Hospital do mundo, independente do seu grau de complexidade. O checklist abrangia apenas a operação a que o paciente seria submetido em três fases: antes de iniciar a anestesia, antes de iniciar a cirurgia e após o termino do procedimento, antes do paciente deixar a sala de operações. Foram estudados 7.688 pacientes divididos em dois grupos:
Antes da aplicação do “checklist” (3.733 pacientes) e após a aplicação do mesmo. As operações foram realizadas nas cidades de Boston, Seattle (USA), Toronto, Londres, Nova Delhi, Aukland, Aman, Manilha e Ijakara (Tanzânia). No dia 14/1/2009 a conceituada Revista “New England Journal of Medicine” colocou na Internet os primeiros resultados, sendo avaliados apenas dois parâmetros, grande complicações e mortalidade.As grandes complicações foram reduzidas de 11 para 7%, significando uma queda significativa de 36%
(p<0,001) e a mortalidade caiu de 1 para 0,8% significando uma queda de 47% (p=0,03).
No dia 15 de janeiro a noticia explodiu e foi imediatamente publicada e anunciada em praticamente todos os grandes jornais e redes de televisão no mundo inteiro, demonstrando claramente o enorme interesse despertado e uma nova exigência de segurança nos procedimentos cirúrgicos a ser cobrada como no século XXI.

PÓS-GRADUAÇÃO EM PAREDE ABDOMINAL

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PAREDE ABDOMINAL
Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês


Coordenação 
Dr. Ricardo Zugaib Abdalla
Dr. Sergio Roll
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Comissão Científica
 
Dr. Claudio Renato Penteado De Luca Filho
Dr. Renato Miranda de Melo
Dr. Rodrigo Biscuola Garcia

Público-alvo
 
Médicos Cirurgiões Gerais, do Aparelho Digestivo e das especialidades relacionadas a Cirurgia abdominal, com vivência nos defeitos da parede abdominal e sua reconstrução.

Objetivos
 
Aperfeiçoar e atualizar a experiência pessoal dos profissionais interessados nas alterações fisiológicas e anatômicas da parede abdominal. Atualizar tais profissionais frente a novas escolhas de técnicas e tecnologias desenvolvidas para restaurar a função da parede abdominal.

Diferenciais
 
Acesso as novas tecnologias quanto a conceito, função, procedimentos videocirúrgicos, aplicação de próteses, uso de materiais dedicados, fórum de discussão de temas médicos baseados em evidência e criação de novas linhas de pesquisa.

Número de Vagas
 
21 vagas.

Currículo/Carga Horária
 
  Currículo  
  Carga Horária  
I - Hérnia Inguinal Aberta
18
II - Hérnia Inguinal Laparoscópica
18
III - Hérnias Epigástricas e Umbilicais Aberta
18
IV - Hérnias Incisionais abertas
18
V - Hérnias Ventrais Laroscópicas
18
VI - Cuidados Anestésicos e Dor Pós-Operatória
18
VII - Preparo do Paciente para o Procedimento
18
VIII - Hérnia de Hiato
18
IX - Cirurgia de Urgência e Parede Abdominal
18
X - Complicações e Manejo
18
TOTAL
180
Projeto de Pesquisa
80


Semana Padrão
 
6ªs e sábados, período integral, 1 vez por mês.

Calendário
 
  Módulo  
Datas
Módulo I
25 e 26 março
Módulo II
29 e 30 abril
Módulo III
20 e 21 de maio
Módulo IV
17 e 18 de junho
Módulo V
29 e 30 de julho
Módulo VI
12 e 13 de agosto
Módulo VII
16 e 17 de setembro
Módulo VIII
28 e 29 de outubro
Módulo IX
25 e 26 de novembro
Módulo X
16 e 17 de dezembro


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

NOTE TO SURGEONS: NOTES NOT READY FOR WIDESPREAD USE

Note to Surgeons: NOTES Not Ready for Widespread Use
Daniel M. Keller, PhD

  Natural Trans-orificial Endoscopic Surgery (NOTES) não está pronto para o horário nobre. Esse foi o esmagador consenso de uma sala cheia de cirurgiões reunidos em sessão do Colégio Americano de Cirurgiões (960 Congresso Anual Clínico). Os dados apresentados em sessão suportam a sua relutância em adotar ainda a técnica de forma ampla. 

  Em NOTES, o cirurgião insere um endoscópio através de um orifício natural em uma das vísceras (por exemplo, estômago, reto, vagina) para aceder à cavidade abdominal e realizar uma operação abdominal. Os benefícios esperados de NOTES são uma menor incidência de infecções da ferida, hérnias e aderências e menos dor. Desde 2004, vários autores relataram o uso da abordagem para peritoneoscopia transgástrica, apendicectomia transgástrica e colecistectomia trans-gástrica e transvaginal. Apesar do rápido desenvolvimento da técnica e aplicação clínica precoce, não há estudos controlados. 

  Kai Lehmann, MD, do Hospital Charité, em Berlim, na Alemanha, apresentou os resultados de 1.328 pacientes em 87 hospitais que participam no NOTES alemão/Registro Nacional entre março de 2008 e setembro de 2010. O registro é um banco de dados anônimos mantido pela Sociedade Alemã de Cirurgia Geral. O objetivo do registro é a introdução segura de NOTES e detecção precoce de problemas, "porque achamos que isso é responsabilidade da comunidade cirúrgica", disse Dr. Lehmann.
Todos, exceto 10 dos pacientes no registro, são mulheres. Na maioria das operações foram utilizadas técnicas híbridas que combinam uma abordagem por orifício natural com uma minilaparoscopia. A abordagem transvaginal foi utilizada em 1310 das operações, em quatro a abordagem foi transgástrica, transretal em nove e outra abordagem em um paciente. Dr. Lehamnn disse que o número de conversões é um importante parâmetro para julgar o sucesso de uma nova cirurgia minimamente invasiva. No registro, havia 26 conversões à laparoscopia e 12 para laparotomia. Vinte e nove conversões ocorreram por motivos técnicos, tais como as aderências abdominais, duas por complicações e sete por razões não disponíveis. Houve 22 complicações intra-operatórias, 34 pós-operatórias e nenhuma morte até agora. As duas principais complicações intra-operatórias foram uma lesão retal que requereu um procedimento de Hartmann e uma lesão no intestino delgado, necessitando de ressecção do segmento. Além de pequenas complicações no pós-operatório, houve 2 laparoscopias para dor (sem achados patológicos) e 1 drenagem laparoscópica para um abscesso na bolsa de Douglas. O tempo operatório de colecistectomias foi significativamente maior para o índice de massa corporal do paciente e maior para os pacientes mais velhos, e os tempos eram mais curtos para as instituições com maior volume de casos (todos P ≤ 0,001). Os pesquisadores dividiram os participantes em hospitais de alto e de baixo volume, com o "alto volume" denotando hospitais que tinham feito mais do que 30 operações por NOTES. Para colecistectomias, os hospitais de alto volume teve um tempo operatório de 57,0 ± 25,1 minutos vs 76,6 ± 25,2 minutos para os hospitais de baixo volume (P <.001). Não houve associação significativa entre complicações e volume de casos, índice de massa corporal ou idade. 

  Em resumo, o Dr. Lehmann expressou que NOTES não é prática rotineira, mas o registro tem documentado a sua aplicação clínica. Ele disse que na Alemanha é utilizada principalmente para a colecistectomia transvaginal híbrida, com um baixo índice de complicações, e parece que ele é seguro mesmo em centros de baixo volume. Apendicectomia trans-gástrica recentemente apareceu no registro e este é, provavelmente, o próximo passo importante para o registro, observou. 

  Após a apresentação do Dr. Lehmann, o moderador da sessão, Daniel Jones, MD, MS, chefe de cirurgia minimamente invasiva no Beth Israel Deaconess Hospital e professor associado de cirurgia da Harvard Medical School, em Boston, Massachusetts, perguntou a platéia quais cirurgiões estavam realizando procedimentos por NOTES e os que pensavam que se tratava de uma boa idéia. Menos de 10 mãos subiram em mais de 100 pessoas na sala. Houve uma esmagadora vantagem dos cirurgiões que não utilizam a técnica neste momento. 

  Em uma entrevista ao Medscape Medical News, o Dr. Jones disse que a apresentação do Dr. Lehmann mostrou que os cirurgiões estão tomando a liderança no desenvolvimento de bases de dados para acompanhar os resultados à medida que se acumulam. "Você também viram os primeiros resultados que mostram que você tem novas complicações quando realizar a colecistectomia laparoscópica através da vagina", disse ele. "Isso fez com que muitas pessoas da platéia levantassem as mãos e dizer que são os dados que precisamos para dizer não às NOTES. Mas o Dr. Jones assinalou que a verdadeira mensagem do estudo é que os bons dados a longo prazo são necessários, como o campo faz com que as inovações se certifiquem de que estamos cuidando melhor dos pacientes. Se NOTES vai ser feito, precisa ser feito com base em protocolos, salientou o Dr. Jones. "Os casos precisam ser registrados. Você não quer esconder seus erros e varrê-los para debaixo do tapete. Você quer realmente trazê-los para que possamos pensar em formas criativas de resolvê-los." 

  Dr. Lehmann observou que os registros de outros NOTES também estão em andamento.O novo registro europeu de Saúde tem 320 pacientes na mesma, e um sul-americano de registro inclui atualmente 650 pacientes.

MEDSCAPE NEWS

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Death of Rep. John Murtha Highlights Limitations of Laparoscopic Cholecystectomy - from MEDSCAPE

Colecistectomia laparoscópica (CL) é uma das cirurgias mais comuns no país, mas a morte de ontem do deputado John Murtha (D-PA) aponta para o raro, mas único, os riscos deste procedimento de alta tecnologia, que incluem a falta de profundidade,percepção e limitações de verificação do dano operatório. 
Murtha morreu de complicações graves da LC na Virginia Hospital Center em Arlington. Ele havia sofrido uma LC no National Naval Medical Center em Bethesda, Maryland, em 28 de janeiro e foi internada Virginia Hospital Center 3 dias depois.Várias organizações de notícias independente relatou que o deputado Murtha sofreu uma infecção após o seu intestino foi cortado inadvertidamente durante a colecistectomia. Nem o hospital, quando contactado byMedscape Medical News, que confirma a natureza da complicação.
As autoridades médicas geralmente colocam a taxa de complicação para a LC em cerca de 2%. Um estudo publicado em abril de 1995 dos anais da cirurgia, por exemplo, registrou uma taxa de morbidade de 1,9% para a LC em comparação com 7,7% para colecistectomia campo aberto.
Dentre as complicações do LC, peguei um intestino é uma das menos comuns, de acordo com um estudo realizado por Thomas McLean, MD, JD, publicado em Julho de 2006 na revista Archives of Surgery. Dr. McLean, um cirurgião torácico na equipe Dwight D. Eisenhower Veterans Affairs Medical Center, em Leavenworth, Kansas, descobriu que as lesões do intestino responsável por 2% de eventos adversos em LCs que desencadeou um processo por imperícia. A principal causa de litígios - 78% - foi a lesão do ducto biliar. Tais lesões biliares são mais comuns em LC que colecistectomia campo aberto, o Dr. McLean disse ao Medscape Medical News.
lesões intestinais, disse ele, geralmente são causadas pela inserção do trocarte."Pode haver tanto como como 5 [trocartes] inserido. Isso tende a sentir-se só."
O intestino também podem ser feridos quando um cirurgião está tentando separá-lo de uma inflamação da vesícula biliar que tem aderido a ela, disse Nathaniel Soper, MD, diretor do Departamento de Cirurgia da Northwestern University Feinberg School of Medicine, em Chicago, Illinois. A pressão do gás dióxido de carbono usado para inflar o abdômen durante a LC pode selar perfurações intestinais que somente após o vazamento de gás se foi, o Dr. Soper Medscape Medical News. Ele observou que tanto o intestino pequeno ou grande pode ser cortada acidentalmente durante LC, embora o duodeno do intestino delgado é o candidato mais provável causa de sua proximidade com a vesícula biliar. Não está claro a partir de relatos publicados que intestino de Murtha foi acidentalmente cortado.
Limitações da visão laparoscópica
Dr. Soper disse que o risco de aumentos de cortes acidentais com a visão distorcida, sem profundidade do laparoscópio.
"Você é dependente de uma imagem de duas dimensões", disse o Dr. Soper. "Porque a imagem é muito ampliada, você está olhando apenas uma parte muito pequena do campo (cirúrgico), e você não tem um senso normal de se sentir com 2 metros instrumentos longos."
Em contraste, os cirurgiões realizar uma colecistectomia campo aberto desfrutar de uma directa, 3-dimensional, Vista Panorâmica, acrescentou o Dr. McLean. Essa visão melhor ajuda-los não só evitar um acidente de bisturi, mas também detectar eventuais acidentes que possam ocorrer durante a cirurgia. Além disso, se os cirurgiões estão preocupados com o corte, inadvertidamente, um intestino, eles podem pegá-lo e espremê-la delicadamente para verificar um vazamento.
Outro fator de risco para cortes acidentais intestinal é a obesidade. De notar que o intestino pode ser lesado durante LC, o Colégio Americano de Cirurgiões afirma em seu site que "os pacientes que são obesos ... torná-la mais difícil de se mover e manipular os instrumentos." No entanto, uma colecistectomia campo aberto para uma pessoa com obesidade mórbida carrega sua própria conta e risco especial - uma incisão que pode ser o dobro do tamanho normal, observou o Dr. Soper.

Medscape

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

NÚCLEO DE VIDEOCIRURGIA DO CETS

NÚCLEO DE ENSINO E TREINAMENTO EM VIDEOCIRURGIA


O advento da videocirurgia representou um significativo avanço na técnica cirúrgica. O aperfeiçoamento tecnológico, a qualidade e variedade de equipamentos e instrumental, bem como o desenvolvimento técnico dos cirurgiões, determinaram uma rápida evolução do método que se tornou altamente especializado. Assim, para que a videocirurgia seja empregada com a segurança e eficiência exigida nos procedimentos médicos é INDISPENSÁVEL ao cirurgião passar por um processo de treinamento onde haja um ensino bem estruturado e de caráter complexo.
A formação em videocirurgia deve ser gradual e progressiva em relação à complexidade dos procedimentos. A supervisão de um cirurgião habilitado, com disponibilidade de tempo e formação didática, dá solidez à formação do videocirurgião.
Este processo deve percorrer os seguintes caminhos:
  • Base teórica.
  • Manipulação de equipamentos e instrumentais.
  • Treinamento em laboratório de videocirurgia com simuladores.
  • Treinamento em modelos orgânicos ou inorgânicos, como auxíliar, câmera e cirurgião.
  • Treinamento em pacientes como auxiliar, câmera e cirurgião sob supervisão.
A partir do processo de formação inicial o cirurgião deve se inserir em um programa de educação continuada, buscando um constante aperfeiçoamento técnico que lhe permitirá desenvolver a vídeocirurgia em técnicas específicas e avançadas.  É dentro deste contexto que foi estruturado o núcleo de ensino e treinamento em videocirurgia no CETS.
Cursos intensivos de caráter habilitador em videocirurgia geral e especializada.
Níveis básicos e de aperfeiçoamento.
Cirurgiões Gerais e Cirurgiões de Especialidades (incluindo residentes de cirurgia) que desejam se iniciar ou se aperfeiçoar em videocirurgia.
Cirurgiões Gerais ou Cirurgiões de Especialidades (incluindo residentes de cirurgia) que tenham formação em videocirurgia e que desejam se desenvolver em técnicas videocirúrgicas avançadas ou específicas.
  • Qualificar cirurgiões gerais ou cirurgiões especialistas (digestivo, urologia, ginecologia, cirurgia pediátrica, cirurgia torácica, traumatologia e neurocirurgia) em videocirurgia, auxiliar na formação de pessoal de apoio, aquisição de equipamentos, estruturação de serviço e recertificação de alunos.
  • Gerar conhecimento acerca das possibilidades de aplicação do método nas diversas áreas que compõem a cirurgia geral e as demais especialidades cirúrgicas.
  • Estabelecer noções e habilidades básicas e avançadas em técnica operatória específica através do treinamento.
  • Estabelecer indicações, limitações e técnicas da videocirurgia nas diferentes especialidades cirúrgicas.
  • Estimular o interesse em videocirurgia e aumentar o espectro de atuação no método.
  • Estimular e orientar a estruturação de um Serviço de Videocirurgia.
  • Estimular a pesquisa e a educação continuada em videocirurgia.
CURSO BÁSICO
 (dirigido a todas as especialidades cirúrgicas)
Pré-requisitos:
  • Título de especialista em cirurgia ou comprovação de estar cursando pelo menos o segundo ano de residência em cirurgia
Número de alunos: 20 por turma (número mínimo = 16)
SEXTA-FEIRA
13:40 - 14:00Recepção
14:00 - 14:30Base conceitual da videocirurgia
14:30 - 15:00Opções de treinamento em videocirurgia
15:00 - 15:30Equipamento e instrumental
Dinâmica de equipe
15:30 - 19:30Estações práticas
19:30 - 19:50Break
19:50 - 20:30Videocirurgia: estado da arte
20:30 – 21:00
Perguntas e respostas
SÁBADO

08:00 – 08:30
Cuidados com equipamento e instrumental
08:30 - 12:30Estações práticas
12:30 - 13:30Almoço no local
13:30 - 14:00Pneumoperitônio (seminário)
14:00 - 15:00Anestesia em videocirurgia
15:30 - 18:30Estação prática; nós e suturas
18:30 - 19:30Expectativas futuras da videocirurgia
19:30 - 20:00Documentação (debate)
20:00 - 20:30Complicações em videocirurgia
20:30 - 21:00Perguntas e respostas
21:00 - 23:30Jantar de confraternização (por adesão)
DOMINGO
08:00 - 09:00Estruturação de Sistemas e Serviços em Videocirurgia
09:00 - 12:30Estação cirúrgica
12:30 - 13:00Encerramento
EM BREVE
CURSO INTERMEDIÁRIO (aperfeiçoamento)
 (dirigido a todos as especialidades cirúrgicas)
Pré-requisitos:
  • Título de especialista em cirurgia ou comprovação de estar cursando pelo menos o terceiro ano de residência em cirurgia
  • Haver cursado programa de treinamento em videocirurgia ou comprovação de prática regular da videocirurgia por pelo menos 2 anos
Número de alunos: 20 por turma (número mínimo = 16)
SEXTA-FEIRA
13:40 - 14:00Recepção
14:00 - 14:30Nós e suturas
14:30 - 20:30Estação prática
  • Síntese de tecidos I
  • Aplicação do nó
  • Síntese de tecidos II
20:30 - 21:00Perguntas e respostas
SÁBADO
08:00 – 08:30Cuidados com equipamento e instrumental
08:30 - 12:30Estações práticas:
  • Síntese II (continuação)
12:30 - 13:30Almoço no local
13:30 - 20:30Estações práticas:
  • Anastomoses
20:30 – 21:00Perguntas e respostas
DOMINGO
08:00 - 08:30Videocirurgia robótica
08:30 - 12:30Estação cirúrgica
12:30 - 13:00Encerramento
EM BREVE
CURSO AVANÇADO
 (dirigido á cirurgia geral e cirurgia digestiva)
Pré-requisitos:
  • Título de especialista em cirurgia
  • Haver cursado programa de treinamento em videocirurgia ou comprovação da prática regular da videocirurgia por pelo menos 2 anos
Número de alunos: 20 por turma (número mínimo = 16)
SEXTA-FEIRA
13:40 - 14:00Recepção
14:00 - 14:45Grampeamento e Hemostasia
14:45 - 15:30 Apendicectomia
15:30 - 15:45Break
15:45 – 20:15Estação prática
  • Suturas manuais e mecânicas
  • Hemostasia
  • Apendicectomia
20:15 - 20:45Perguntas e respostas
SÁBADO
08:00 - 08:45Colecistectomia
08:45 - 12:30Estação prática
  • Colecistectomia
  • Colangiografia
  • Colédocoscopia
12:30 - 13:30Almoço no local
13:30 - 14:00Refluxo gastro-esofágico
14:00 - 14:45Cirurgia anti-refluxo
14:45 - 15:30Complicações
15:30 - 15:45Break
15:45 - 20:15Estação prática
  • Nissen
20:15 - 20:45Perguntas e respostas
22:00 - 00:00Jantar de confraternização (por adesão)
DOMINGO
08:00 - 08:30Esplenectomias
08:30 - 12:30Estação prática
  • Esplenectomia
12:30 - 13:00Encerramento
EM BREVE
CURSO BIG
 (dirigido á cirurgia geral, cirurgia digestiva e endoscopa)
Pré-requisitos:
  • Título de especialista em cirurgia geral, cirurgia digestiva ou endoscopia
  • Comprovação da prática regular da cirurgia ou endoscopia há pelo menos 2 anos
Número de alunos: 12 por turma (número mínimo = 8)
SÁBADO
08:00 - 08:45Indicações
08:45 - 09:30Avaliação prévia ao procedimento
09:30 - 10:15Avaliação e orientação nutricional
10:15 - 12:15Técnica endoscópica de colocação e retirada
12:15 - 14:00Intervalo para almoço
14:00 - 17:00Estação prática
  • Demonstração
  • Colocação
  • Retirada
17:00 - 17:30Complicações
17:30 - 18:00Perguntas e respostas