quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

MEDICAL INNOVATION INSTITUTE



  Finalmente teremos a inauguração de um dos mais interessante, ousado e importante projeto em ensino em videocirurgia no Brasil. Dia 03 de fevereiro de 2010 será inaugurado no Bairro Butantá em São Paulo, SP o Medical Innovation Institute da Johnson & Johnson, um dos maiores centro de treinamento em videocirurgia da América Latina que comprova o comprometimento da empresa com o avanço contínuo da qualidade da saúde no país.

  Estaremos lá representando os nossos projetos de ensino em videocirurgia em conjunto com o Dr. Artur Seabra que já no dia 04 de fevereiro estará no Rio de Janeiro tomando posse como representante da região sul na nova direção da SOBRACIL encabeçada pelo Dr. Antonio Bispo do RJ, novo presidente.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

XXVII CURSO DE EXTENSÃO EM CIRURGIA VÍDEO-LAPAROSCÓPICA DO HOSPITAL PARQUE BELÉM - PORTO ALEGRE, RS


CURSO DE EXTENSÃO EM CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA DO HOSPITAL PARQUE BELÉM -
PROJETO 2010
  Desenvolvido na cidade de Porto Alegre, RS e já em seu décimo quinto ano de
funcionamento ininterrupto, o Curso de Extensão em Cirurgia
Videolaparoscópica do Hospital Parque Belém já formou mais de 120 colegas
(projeto extensivo) e mais de 60 colegas (módulos de aperfeiçoamento nas
áreas de Cirurgia Geral e Ginecologia) provenientes dos estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Acre e até de fora do Brasil.
  Com um processo pedagógico original, o Curso foi acreditado já em duas
ocasiões pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia (SOBRACIL) e  é
reconhecido como um dos mais duradouros e eficientes projetos de ensino em
Videocirurgia do país.
  O Curso de Extensão em Cirurgia Vídeo-Laparoscópica do Hospital Parque
Belém objetiva proporcionar treinamento & aprendizado, além de vivência
vídeocirúrgica e Know-How operacional e organizacional.. O treinamento é
tutorial, ou seja, em campo cirúrgico, nos moldes de um Programa de
Residência Médica. Também são desenvolvidas atividades em estações de
simulação onde trabalhamos com material inorgânico e em um Centro de
Cirurgia Experimental Vídeo-Laparoscópica que funciona junto ao Hospital
Veterinário da UFRGS e da UNICETREX em Brasília,DF, configurando um Curso de Pós-Graduação "lato sensu" em
Videocirurgia.
  O Curso de Extensão tem a duração de 6 meses. Funciona ininterruptamente
desde 1996. É um dos únicos cursos no país que trabalha em um sistema
tutorial como se fosse uma "mini-residência" em Vídeo-Cirurgia. É o único
curso acreditado pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia (SOBRACIL) no
sul do país, tendo sido reacreditado em 2003. O trabalho é desenvolvido em
dias específicos da semana (quartas, quintas e sextas feiras) a cada
quinze dias durante seis meses. O horário é normalmente das 08 às 18 horas com algumas atividades noturnas pré-marcadas.
Vagas: 06 (I semestre de 2010, início em 28 de abril)
Obs. Fornecemos certificado acreditado pela SOBRACIL.
    

INFORMAÇÕES & INSCRIÇÕES:
GAP Congressos
Rua do Carmo, nº6 – Gr. 801 a 803  Centro
20011-020  Rio de Janeiro - RJ - Brasil
Tel./Fax: (55)(21) 2215.4476
contato@gapcongressos.com.br
* Visite o site do Curso = www.cursovideocirurgia.com.br e o BLOG da Videocirurgia - www.videocirurgia.blogspot.com.br 

Dr. Miguel P. Nácul - Coordenador do Curso


 

IV SIVA

Porto Alegre também receberá o IV Simpósio Internacional de Videocirurgia Avançada (SIVA) nos dias 10, 11 e 12 de junho de 2010 na Santa casa de Porto Alegre. O Simpósio é coordenado pelos Drs. Luiz De Carli, José Vinicius Cruz, Antonio Nocchi Kalil e pelo Cirurgião canadense radicado nos EUA, Michel Gagner. Caracterizado pela participação de vários cirurgiões de renome do Brasil e do mundo, o evento é composto basicamente por videocirurgias ao vivo transmitidas para o público. Boa parte dos procedimentos realizados são de alta complexidade, incluindo alguns inovadores. Para 2010, o SIVA deverá receber mais uma vez o Dr. Guy Bernard Cadiere da Bélgica.
Segue abaixo o cartaz promocional do evento.


EVENTOS DE INTERESSE EM 2010



Tradicional evento da área da cirurgia geral gaúcha, a JACAD, atual Semana Gaúcha do Aparelho Digestivo, acontecerá neste ano de 2010 no primeiro semestre em função do Congresso Brasileiro de Videocirurgia de Salvador. Em 2010 mantem-se o rizio entre cidades da serra gaúcha. Assim, a JACAD srá realizada no Hotel Serrano na cbelíssima cidade de Gramado do dia 20 a 22 de maio.
Seguem alguma informações adicionais:


V Simpósio Sul-americano do Aparelho Digestivo contará com palestrantes nacionais e internacionais, seguindo o modelo do evento de 2007, 2008 e 2009. Além das programações específicas para clínicos e cirurgiões, proporcionaremos sessões conjuntas clínico-cirúrgicas com intuito de promover intensos debates e suscitar controvérsias em temas que, não poucas vezes, despertam paixão entre duas condutas: uma comedida e outra ousada.


V Simpósio Sul-americano do Aparelho Digestivo engloba os seguintes eventos:

• VIII Congresso Gaúcho de Gastroenterologia e Endoscopia
• XXVII JACAD - Jornada de Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo
• V Congresso Gaúcho de Hepatologia
• VI Simpósio de Cirurgia Bariátrica
• XV EndoGastro
• X Curso de Atualização de Enfermagem em Endoscopia Digestiva
• V Jornada de Gastroenterologia Pediátrica
• XXVI Fórum de Debates em Cirurgia Geral
• VII Simpósio de Atualização do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
• II Congresso Gaúcho de Motilidade Digestiva
• III Encontro Sul Brasileiro de Doenças Inflamatórias Intestinais

Além de tudo isso, os sócios em dia com a anuidade de 2010, das sociedades promotoras (SGG, SOBED, SOCIGERS, CBC-RS, CBCD, SBCB-RS) estarão isentos da inscrição até 05/04/2010. Importante: caso o vencimento da anuidade da sociedade seja posterior a 05/04/2010, é necessário que a anuidade seja quitada de forma antecipada para receber isenção no evento.
Um forte abraço e até lá,
Mário Reis Álvares-da-Silva – Presidente SGG
Júlio Pereira-Lima – Presidente SOBED
Artur Seabra – Presidente SOCIGERS

Informações e inscrições acesse:
www.ccmeventos.com.br/gastro2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

AUTORIZAÇÃO DE PROCEDIMENTOS VÍDEO-ENDOSCÓPICOS


O objetivo final da nossa atividade médica é o nosso paciente. Assim, nada mais natural que todo o investimento que fazemos no desenvolvimento técnico em procedimentos minimamente invasivos e a necessária incorporação de novas tecnologias seja disponibilizado a população. Aliás, os pacientes cada vez mais buscam os cirurgiões que dominam a videocirurgia para se operarem. No entanto, em uma medicina de convênios, cada vez mais encontramos dificuldades de oferecer procedimentos por via videolaparoscópica aos nossos pacientes em função das glosas das cooperativas e seguradoras da área da saúde. Entidades como a Sociedade Brasileira de Videocirurgia (SOBRACIL) mantém uma luta constante neste sentido,mas quando uma cooperativa como a UNIMED Porto Alegre volta a não autorizar procedimentos como as cirurgias bariátricas, as colectomias e a histerectomia por videolaparoscopia, perdemos um pouco da esperança de poder oferecer aos nossos pacientes o melhor procedimento possível. Sobre isto,posto o editorial do último informativo da SOBRACIL-RS, escrito pelo seu Presidente, o ginecologista Dr. Leo Limberger. 
A analogia é procedente...

Os seres humanos e seus muros 
Dr. Leo Francisco Limberger - Presidente SOBRACIL-RS
O Portal de Brandemburgo abriu suas portas ao cair o muro de Berlim. A espécie humana, todavia, ardilosa e altamente predatória, cria muros invisíveis. A globalização é apenas uma forma retórica e subclínica de persuadir as massas de que não há segregação. Múltiplos e nefastos muros são erguidos.
Muros nucleares, intelectuais, religiosos, raciais, ideológicos, todos circunscreverem a expansão das liberdades individuais ou dos pequenos núcleos sociais.
A praga humana que superlotou o planeta tenta agora destruí-lo. De forma arrogante, conseguimos extinguir espécies, produzimos mudanças climáticas, entretanto, talvez este seja o mecanismo pelo qual o planeta Terra possa se aliviar da carga de humanos.
O progresso, a ciência e a tecnologia, ao mesmo tempo em que seguem sua trajetória irrefreável no conhecimento, não conseguem os mesmos resultados no campo ético e no relacionamento interpessoal. E aos que dele não são simpáticos devo admoestar que o progresso não é uma ilusão, é pior: ele não tem fim.
Na medicina, se individualizarmos apenas as áreas de cirurgia videolaparoscópica, encontraremos diariamente interesses empresariais erguendo barricadas para represarem seus lucros, deixando-nos ilhados com nossos pacientes nos debatendo para obtermos tratamentos mais adequados e associados a uma melhor qualidade de vida destes pacientes.
A SOBRACIL lutou durante 2009 pela liberação de vários procedimentos cirúrgicos por videolaparoscopia, contudo não conseguiu a derrubada do muro. Está se repetindo o que se passou em Berlim: longas conversações protelantes, sem êxito, com respostas evasivas e desconexas.
Esperamos, realmente, que quando a autoridade do plano de saúde se dê conta de seu erro, responda tal como o sargento de Berlim respondeu, ao ser interrogado por um jornalista, sobre a liberação do Portal de Brandemburgo: “Eu não disse ainda para vocês? A passagem está liberada!”.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS HÉRNIAS INGUINAIS: ABORDAGEM ABERTA OU VÍDEO-ENDOSCÓPICA?


Dr. Miguel P.Nácul
Curso de Extensão em Cirurgia Vídeo-Laparoscópica do Hospital Parque Belém
Pós Graduação em Cirurgia Minimamente Invasiva do Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento
Porto Alegre, RS

  Descrita pela primeira vez por Ger em 1982, foi somente em 1990 que a hernioplastia inguinal videolaparoscópica conseguiu ser notada, gerando controvérsias e iniciando um processo de aprimoramento embasado na grande evolução tecnológica e técnica global da videocirurgia. Hoje, já com casuística mundial significativa e tempo de observação mais longo, este procedimento encontra-se no centro das discussões não só a respeito do tratamento das hérnias inguinais como das próprias indicações da videocirurgia.
  Quando analisamos o tratamento das hérnias inguinais, notamos que apenas algumas técnicas cirúrgicas entre as diversas descritas alcançam os objetivos fundamentais da cirurgia da hérnia inguinal. O tratamento cirúrgico de uma hérnia inguinal deve ter embasamento anatômico e fisiológico, ser de execução simples e rápida, ter resultados reprodutíveis por outros serviços, proporcionar um reparo sem tensão da parede posterior, com baixa morbidade, mortalidade nula e baixos índices de recidiva. É muito importante que a cirurgia possa proporcionar um rápido e pleno retorno a atividade normal do paciente. As técnicas abertas de Lichtenstein, “tela-rolha” e as vídeo-endoscópicas trans-peritoneal (TAPP) e extra-peritoneal (TEP) alcançam estes objetivos. As técnicas de Bassini, McVay e outras abertas realizadas com sutura e, portanto, com tensão claramente não alcançam estes importantes objetivos. A técnica videolaparoscópica intra-peritoneal (IPOM) tem sido utilizada apenas por alguns grupos que tem publicado resultados inferiores as técnicas TAPP e TEP. No entanto, com a introdução das telas revestidas e a disseminação dos grampeadores helicoidais, há a proposta da utilização desta técnica em casos selecionados em função da velocidade e simplicidade de execução da técnica.
  Hoje em nosso Serviço, utilizamos a hernioplastia inguinal vídeo-endoscópica como primeira indicação para o tratamento de todas as hérnias inguinais em adultos. Em um período de dezesseis anos e em um total de 4203 pacientes operados por vídeo-endoscopia, foram tratadas 687 hérnias inguinais por vídeo-endoscopia em 612 pacientes. 75 hernioplastias foram bilaterais. A técnica mais utilizada foi a trans-peritoneal (TAPP). 136 reparos por técnica extra-peritoneal (TEP) forma realizados. Em um paciente utilizou-se um “plug” de tela de polipropileno em um dos lados da correção de uma hérnia bilateral (fase inicial da casuística).
  Na nossa concepção, a hernioplastia inguinal vídeo-endoscópica apresenta as seguintes vantagens: é uma técnica simples e de rápida realização, a anatomia cirúrgica não é complexa, é realizada ambulatorialmente na maioria dos casos, os pacientes tem pouca dor pós-operatória  e tendem a retornar em um curto prazo as suas atividades normais.Trata-se de uma cirurgia de baixa morbidade, com diversos estudos científicos publicados demonstrando seus bons resultados comparáveis aos das técnicas abertas.A necessidade de se utilizar sempre anestesia geral para a sua realização, a existência de uma curva de aprendizado, o fato de ser uma cirurgia dependente de equipamento e instrumental com custo financeiro imediato maior, a necessidade de abordagem da cavidade peritoneal nas técnicas TAPP e IPOM, assim como o fato de ser uma técnica recente podem ser consideradas desvantagens da hernioplastia vídeo-endoscópica.
  A técnica TAPP, utilizada na maior parte dos casos na nossa experiência, está hoje bem determinada e estabelecida. São passos fundamentais do processo cirúrgico: a necessidade de um amplo descolamento peritoneal para a colocação de uma tela grande de modo a preencher todas as áreas de aparecimento de orifícios herniários da região inguinal. A tela deve ser posicionada bem medialmente sobre o púbis e fixada por grampeamento no ligamento de Cooper e na parede posterior da região inguinal. O grampeamento deve ser preciso, não havendo necessidade de colocação de muitos grampos, os quais nunca devem ser colocados na projeção de vasos ou nervos da região inguinal. Em relação à técnica TEP parece oferecer algumas vantagens em relação a TAPP, apesar de que os estudos demonstram resultados muito semelhantes entre elas. Acreditamos que possa ser a melhor técnica nos casos de hérnias inguinais diretas e indiretas pequenas. Porém, a TAPP parece ser melhor exeqüível nos casos de hérnias indiretas grandes, nas recidivadas e nas encarceradas.
  A hernioplastia inguinal vídeo-endoscópica é uma opção técnica no tratamento das hérnias inguinais a ser considerada por aqueles cirurgiões que ainda utilizam técnicas abertas de reparo com tensão como Bassini, McVay ou outros e que se dedicam a videocirurgia de forma global. Apresenta vantagens claras quando avaliada em relação a qualidade de vida que proporciona ao paciente. Apesar de apresentar custos maiores que a cirurgia aberta, tem sido cada vez mais procurada pelos pacientes, determinando interesse de cirurgiões no aprendizado do método. Deve-se lembrar que o cirurgião só realizará de forma eficiente o método se for um videocirurgião habitual, tiver formação específica no método e utilizar o equipamento e instrumental necessários para o sucesso do procedimento.

videocirurgias das hérnias da parede abdominal



  O próximo módulo do curso de pós graduação em Cirurgia Minimamente Invasiva da UNICETREX/Faculdades JK será sobre videocirurgia das hérnias da parede abdominal do dia 05 a 07 de fevereiro de 2010 na W3 Sul 504, Faculdade JK  em Brasília, DF. Para este módulo convidei o Professor Dr. Leandro Totti Cavazzola de Porto Alegre, RS que é Professor Adjunto de Morfologia e Técnica Operatória da Universidade Luterana do Brasil - Ulbra, Professor Adjunto de Anatomia Humana da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.
A programação prevista segue abaixo e acredito será muito interessante.

05 de fevereiro de 2010 (Sexta Feira)

·         14h-14h30: Anatomia inguinal - Dr. Leandro Totti Cavazzola (RS).
·         14h30-15h15: Tratamento cirúrgico das hérnias da região inguinal: abordagem aberta ou vídeo-endoscópica - Dr. Miguel P. Nácul (RS).
·         15h15-15h35: Detalhamento técnico - técnica TAPP - Dr. Leandro Totti Cavazzola (RS).
·         15h35-15h55: Detalhamento Técnico - técnica TEP - Dr. Miguel P. Nácul (RS).
·         15h55-16h30: Medicina baseada em evidências em hernioplastia vídeo-endoscópica - Dr. Leandro Totti Cavazzola (RS).
·         16h30-16h45: intervalo
·         16h45-17h15: Complicações em hernioplastia inguinal vídeo-endoscópica - Dr. Miguel P. Nácul (RS).
·         17h15-17h45: perguntas & respostas.


06 de fevereiro de 2010 (Sábado) 



8h-10h: Sessão de vídeos - hernioplastia inguinal por vídeo-endoscopia - Dr. Miguel P. Nácul (RS)/Dr. Leandro Totti Cavazzola (RS).
10h-10h15: intervalo
10h15-12h: Programa Teórico – Videocirurgia das Hérnias Incisionais.
 10h15-10h45: Hernioplastia incisional por videolaparoscopia - Dr. Miguel P. Nácul (RS).
10h45-11h: Detalhamento técnico – hernioplastia incisional parte 1- Dr. Miguel P. Nácul (RS).
11h-11h15: Detalhamento técnico – hernioplastia incisional parte 2- Dr. Dr. Leandro Totti Cavazzola  (RS). 
11h15-11h40: Medicina Baseada em evidência em hernioplastia incisional por videolaparoscopia - Dr. Leandro Totti Cavazzola (RS).


Para ilustrar, anexo artigo de opinião sobre o tema.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010


VIDEOCIRURGIA EM 2010



 
  2010 é o ano do IX Congresso Brasileiro de Videocirurgia da SOBRACIL no mês de agosto. Novamente em Salvador na Bahia como em 1996, o Congresso promete satisfazer os congressistas tanto na parte científica como turística. Em 96, a abertura foi com show da Daniela Mercury (aliás, sensacional). O que nos espera agora? Ivete?
  Em maio, a JACAD na serra gaúcha continuará integrando os cirurgiões da nossa terra. Entre nós e com os gastros.
  Já em novembro, acontecerá o III MIS em Curitiba. Jornada Científica do Curso de Pós Graduação em Cirurgia Minimamente Invasiva da Universidade Positivo, o evento integra os pós da UNICETREX/Faculdade JK em Brasíla, DF e o do Instituto de Educação e Pesquisa do Hosptal Moinhos de Vento em Porto Alegre, RS. Existe a promessa da vinda de Lee Swastron de Portland - o "cara da colecistectomia trans-gástrica" e do Belga Bernard Dellamagne - lenda da videocirurgia, pioneiro na videocirurgia do Refluxo Gastro-Esôfágico.
Por aqui, a SOBRACIL capitaneada pelo Dr. Leo Limberger projeta a continuidade do processo de interiorização com jornadas científicas em várias cidades do nosso estado. Com o Dr. Artur Seabra na sua presidência, a SOCIGERS também propõem uma agenda rica para os cirurgiões gaúchos.
  Por fim, prepara-se o IV Congresso Sul-Brasileiro de Videocirurgia planejado para a serra gaúcha em 2011 com organização da SOBRACIL-RS.
Estão abertas as inscrições para o terceiro Curso de Pós Graduação em Cirurgia Minimamente Invasiva do Instituto de Educação e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre, RS.  
O Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu em Cirurgia Minimamente Invasiva é uma iniciativa do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Moinhos de Vento de Porto Alegre, RS, instituição credenciada pelo Ministério da Educação para ministrar cursos de pós-graduação na área de saúde. O Curso visa promover a capacitação técnico-científica de caráter habilitador em videocirurgia para médicos especialistas em cirurgia geral, cirurgia do aparelho digestivo e demais especialidades cirúrgicas de forma completa, contemporânea, bem embasada e dentro de um sistema de treinamento em serviço, sob preceptoria. O Curso desenvolve-se dentro de um Centro de referência em Videocirurgia, composto de um quadro de profissionais pós-graduados renomados em suas áreas de atuação, dedicados ao ensino em videocirurgia há mais de dez anos em projetos acreditados pela Sociedade Brasileira de Videocirurgia. O Curso oferece infra-estrutura completa e tecnologia de ponta para oferecer um ensino de alta qualidade e com uma abordagem pedagógica baseada nas necessidades de desenvolvimento profissional dos alunos e da saúde da sociedade. 

  O Curso tem caráter eminentemente prático com atividades de laboratório e cirurgia experimental, além da utilização de atividades tutoriais em campo cirúrgico como diferencial pedagógico do Curso. O programa teórico é amplo envolvendo assuntos básicos e fundamentais de Videocirurgia, bem como suas aplicações mais estabelecidas nas diferentes áreas cirúrgicas. O Curso busca contemplar tanto a parte experimental como a parte tutorial, estruturado na forma de módulos de imersão mensais com quatro dias de duração realizados em datas específicas durante treze meses com encontros teórico-práticos mensais realizados por todos os alunos do Curso com um total de 500 horas de atividades teórico-práticas.
  O programa foi concebido para capacitar os profissionais a desenvolver procedimentos videocirúrgicos, com uma visão multidisciplinar e ampla dos métodos e tecnologias mais recentes de tratamento e dos métodos da prática da medicina baseada em evidências.
 O curso conta com o apoio do Hospital Parque Belém onde é realizado o estágio tutorial e Hospital de Medicina Veterinária da UFRGS onde são realizadas as atividades de cirurgia experimental.

VAGAS: 12 para alunos regulares.
CALENDÁRIO ACADÊMICO
SELEÇÃO – abril de 2010.
INÍCIO - Abril 2010.

Maiores Informações:
Fone:  (51) 3314.3690 com a Sra. Lisiane
e-mail: iep@hmv.org.br



quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Aspectos Atuais do Ensino da Videocirurgia no Brasil - Uma Análise Crítica
Modern Aspects About Education in Endoscopic Surgery in Brazil - A Critique Analysis
Miguel P. Nácul
Passados mais de 13 anos do seu advento, as questões que envolvem o ensino da videocirurgia retornam com força ao debate no Brasil A videocirurgia alcançou uma projeção tão importante no contexto da maior parte das especialidades cirúrgicas que o domínio do método tornou-se fundamental para o cirurgião, inclusive para procedimentos de maior complexidade. Hoje no país, existe uma procura crescente por cursos e estágios em videocirurgia por parte de cirurgiões de diferentes especialidades.
Em 1990, quando a primeira colecistectomia por videolaparoscopia foi realizada no país pelo Dr. Thomas Szego em São Paulo, os cirurgiões nacionais buscavam sua educação em estágios de observação ou cursos intensivos no exterior. No início da década de 90, devido ao desenvolvimento de alguns Serviços no país, os estágios de observação puderam também ser feitos no Brasil, porém de forma assistemática e não organizada. Estruturaram-se nesta época os primeiros cursos intensivos no Brasil, também eventuais. Ao longo da década de 90, alguns cursos intensivos continuados foram estabelecidos, todos focados em videolaparoscopia. A introdução tímida da videocirurgia nos Programas de Residência Médica se iniciou nesta época.
Já no final da década de 90, a evolução da videocirurgia era acompanhada pelo desenvolvimento de diversas experiências de ensino no Brasil com a organização de cursos intensivos e extensivos. O conceito de Programa de Residência Médica específico em videocirurgia cedeu espaço ao definitivo estabelecimento do método nos Programas de Residência Médica.
Quando iniciamos um novo século, os cursos intensivos, extensivos e os Programas de Residência Médica compõem o espectro de ensino da videocirurgia no Brasil, direcionados basicamente para a Cirurgia Geral, a Cirurgia do Aparelho Digestivo e a Ginecologia. O ensino da Videocirurgia em outras áreas como a Urologia, Neurocirurgia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Torácica encontra-se em ampla evolução. No entanto, são escassos os projetos de ensino da videocirurgia nestas especialidades, assim como em nível de graduação.
Os cursos intensivos perfazem a grande maioria dos projetos de ensino existentes hoje no país, alguns com anos de atividade. São centrados em treinamento prático em simuladores e animais. Têm curta duração e capacidade relativamente grande de alunos. Os custos direto e indireto são altos, porém normalmente contam com amplo apoio das empresas da área médica. No entanto, não habilitam a iniciar com segurança a realização de videocirurgias e não conseguem orientar a estruturação e organização de um Serviço. Os cursos intensivos são eficientes como informação inicial e para quem retorna para um Serviço, estruturado e funcionante, que possibilite uma assistência tutorial evolutiva. Os cursos intensivos tendem a ser mais eficientes para aprendizado de técnicas específicas e/ou avançadas.
Muito poucos são os cursos extensivos no país. Possuem periodicidade, metodologia de ensino e qualidade variáveis. São centrados no treinamento prático tutorial em campo cirúrgico, com duração variável, porém longa. O número de vagas tende a ser pequeno. Os custos direto e indireto são também altos, principalmente porque necessita estrutura permanente. São cursos de difícil viabilização, pois têm organização complexa. No entanto, habilitam a iniciar com segurança a realização de procedimentos, acompanhando e orientando a estruturação e organização de um Serviço, conferindo vivência em videocirurgia.
A Residência Médica surge como a forma ideal e natural para o ensino da Videocirurgia. Principal formador de médicos cirurgiões, os programas de Residência Médica nas diversas especialidades cirúrgicas têm falhado em oferecer uma formação sólida em videocirurgia, quando oferecem. Este fato decorre da preceptoria e volume cirúrgicos ainda deficientes em boa parte dos Serviços.
Em verdade, os diversos cursos hoje existentes, ligados ou não a instituições de ensino público ou privados, não têm capacidade de absorver todo o contingente de interessados em fazer formação em videocirurgia. Além disso, na maioria das vezes, oferecem apenas uma atividade de introdução ao método o que não habilita o cirurgião a iniciar com segurança a realização de procedimentos cirúrgicos. A Residência Médica não é uma opção viável para a maior parte dos cirurgiões que querem fazer formação em Videocirurgia.
Diversos fatores contribuem para que exista um déficit educacional importante em Videocirurgia no Brasil:
1- A surpreendente desinformação sobre o método mesmo por médicos especialistas;
2- O contexto profissional de deteriorização sócio-econômica e social do médico, desestimulado a investir em atualização;
3- O alto custo dos equipamentos, muitas vezes bancado pelo próprio médico, em uma medicina de convênios ou de atendimentos pelo SUS os quais não remuneram o suficiente para viabilizar grandes investimentos;
4- A falta de "know-how" organizacional e estrutural acerca do método, o que dificulta muito a iniciação e a evolução profissional;
5- A auto-suficiência e conservadorismo dos cirurgiões com manutenção de velhos "dogmas cirúrgicos";
6- A deficiência qualitativa e quantitativa de Cursos e dos Programas de Residência Médica;
7- Aspectos técnicos específicos do aprendizado que determinam dificuldades educacionais de complexa resolução;
8- Excesso de posicionamento crítico das Universidades que literalmente perderam o trem da história e agora tentam retomá-lo;
9- Desconexão do processo evolutivo do método entre as especialidades cirúrgicas que repetem as dificuldades já vencidas pelas outras;
10- Falta do desenvolvimento de "escolas cirúrgicas" direcionadas a videocirurgia;
Estimulado pela evolução técnica e tecnológica da videocirurgia, pressionado pelas empresas interessadas em vender seus cada vez mais complexos, avançados e caros equipamentos, por hospitais que buscam profissionais que realizem procedimentos de ponta tecnológica, pelos convênios e seguradoras de saúde interessadas em diminuir os custos hospitalares, por empresas que querem os seus empregados de volta ao serviço com brevidade, pelos pacientes que necessitam retornar com brevidade a suas atividades normais, preocupados com o fator estético e com um pós-operatório mais suave, eis o cirurgião frente a uma verdadeira encruzilhada profissional. Como fazer uma formação que habilite a realização de videocirurgias com segurança? Como conciliar a continuidade da vida profissional com uma formação sólida no método?
Na minha opinião, a formação do cirurgião em Videocirurgia deve ser feita por etapas, de forma gradativa e progressiva na complexidade dos procedimentos, sob supervisão e preceptoria de profissional habilitado, dentro de um Serviço com volume cirúrgico significativo no método, e com tempo de treinamento suficiente, sendo assim prolongado. Em suma, a formação do cirurgião no método deve ser semelhante à formação de um cirurgião em cirurgia convencional, isto é, em um sistema de treinamento em serviço nos moldes de uma Residência Médica.
O processo de aprendizado e treinamento do cirurgião em Programas de Residência Médica, embasado na atividade tutorial, de caráter eminentemente prático e prolongado já comprovou sua eficiência. Consideramos que talvez a grande falha no processo pedagógico que envolve o ensino da videocirurgia no país atualmente seja a aplicação de uma metodologia de ensino centrada no desenvolvimento de habilidades motoras no mais curto período de tempo para que o cirurgião possa retornar rapidamente a sua atividade profissional. Esta metodologia de ensino é baseada em conceitos pedagógicos equivocados e é representada especialmente pelos cursos intensivos. Ela falha em conferir ao cirurgião o conhecimento e domínio de um ambiente cirúrgico diferente e tecnologicamente complexo o que é tão importante quanto o domínio da técnica operatória. Além disso, não confere vivência cirúrgica suficiente para habilitar o cirurgião a iniciar a sua atividade cirúrgica com segurança. O resultado é a existência de cirurgiões que chamamos "procedimentos específicos", ou seja, capazes de realizarem apenas um tipo de procedimento. Esta capacidade limitada muitas vezes leva ao tratamento parcial das patologias, pois este tipo de cirurgião faz o procedimento que consegue fazer e não aquele que deve ser feito. Limitado tecnicamente e pouco adaptado ao ambiente videocirúrgico, o cirurgião apresenta dificuldade de enfrentar situações complexas por videocirurgia o que se expressa por curvas de aprendizado muito longas e índices de conversão acima do aceitável. Todos estes fatos trazem prejuízo aos pacientes, aos cirurgiões e ao conceito do método perante a comunidade científica e à população em geral. A realidade atual é de déficit importante de formação, em especial em algumas especialidades como a Ginecologia, e uma evolução lenta da Videocirurgia no Brasil.
A questão central é como determinar um eficiente e abrangente processo evolutivo da videocirurgia no nosso meio com o objetivo final de disseminar o conhecimento sobre o método, mantendo o melhor padrão de qualidade cirúrgica, possibilitando um treinamento efetivo e uma atividade profissional melhor estruturada, atualizada e segura.
A utilização de um processo pedagógico mais eficiente e alinhado a filosofia contemporânea, que rege a utilização da videocirurgia no contexto das especialidades cirúrgicas, se expressa altamente necessária. Necessitamos de mais centros de treinamento, melhor aparelhados tanto do ponto de vista humano como tecnológico, de caráter permanente, com projetos de ensino de duração mais prolongada, maior ênfase em orientação organizacional e apoio tutorial.
O desenvolvimento de "escolas formadoras de videocirurgiões" deve ser incentivado. Nos próximos anos, a realidade virtual e o ensino a distância pela tele-medicina devem ser incorporados ao ensino da videocirurgia. A evolução da Videocirurgia está diretamente relacionada a um investimento vigoroso em ensino, treinamento e qualificação, o qual deve iniciar já na graduação médica.
EM BUSCA DA COLECISTECTOMIA INVISÍVEL
Dr. Miguel P. Nácul
Membro Titular da SOBRACIL-RS, atual Secretário Geral Adjunto da SOBRACIL
A apendicectomia trans-gástrica dos Drs. Reddy e Rao de Hyderabad na Índia gerou uma grande excitação na comunidade cirúrgica que vislumbrou neste procedimento a possibilidade de novos acessos e formas de realizar cirurgias por técnicas minimamente invasivas. Estabelecido e disseminado o conceito de N.O.T.E.S. (natural orificial trans-endoscopic surgery), inúmeras formas de acesso à cavidade abdominal têm sido propostas além da trans-gástricas, incluindo a via vaginal, colônica, esofágica e até vesical.
Ao contrário do proposto por centros pioneiros no método como o da Casey-Western de Cleveland nos Estados Unidos, a colecistectomia está sendo o procedimento de foco para maior parte dos grupos de pesquisa e desenvolvimento em NOTES, em especial no Brasil. Em busca de um “killer procedure”, ou seja, um procedimento que em função de sua importância e prevalência, determinaria uma grande demanda e disseminação do procedimento com impacto econômico enorme. A importante quebra de paradigmas cirúrgicos e as complexas questões éticas envolvidas fizeram boa parte destes grupos em optar pela via vaginal. Acesso utilizado já há muitas décadas em cirurgias ginecológicas abertas e laparoscópicas, a via vaginal pode ser acessada com o uso de óticas flexíveis ou rígidas, normalmente de forma híbrida com o auxílio de punções abdominais. Ainda controversa, a via vaginal tem sido a mais utilizada para realização de procedimentos NOTES em séries humanas.
Capitaneado no Brasil pelo trabalho do Dr. Gustavo Carvalho de Pernambuco, a mini-laparoscopia voltou a pauta associada ao desenvolvimento por empresas nacionais (EDLO e BHIO-SUPPLY) de material de 2 e 3 mm. A técnica de mini-colecistectomia descrita pelo Dr. Gustavo Carvalho e publicada na Revista Brasileira de Videocirurgia de março 2007 propõem uma técnica de custo menor já que não utiliza óticas de 2 ou 3 mm,  de alto custo e baixa durabilidade.
Ao mesmo tempo, surge com força a cirurgia por portal único pela cicatriz umbilical (single-port) realizada com o uso de sistemas que permitem a colocação de instrumentos diversos pela cicatriz umbilical, adaptados ou não, com o uso de óticas rígidas ou flexíveis. Mais uma vez o foco desta nova forma de operar é a colecistectomia, mas com boa projeção também na urologia.
Todos estes procedimentos alternativos à colecistectomia videolaparoscópica convencional demonstram melhor resultado estético, mas efetivamente não trazem vantagens significativas em termos de dor pós-operatória ou retorno a atividade laboral, nem na diminuição da resposta imunológica. Todos estes novos procedimentos acabam, em maior ou menor grau, quebrando princípios técnicos bem estabelecidos pela colecistectomia convencional (exposição adequada do trígono de Callot, tração lateral do infundíbulo vesicular, usa de eletrocirurgia perto do pedículo biliar, adequada selagem de ducto e artéria cística, entre outros). Os procedimentos por N.O.T.E.S. também geram algum grau de contaminação da cavidade peritoneal pelo acesso através de um orifício natural, mais significativo quando feito pelo cólon ou estômago, além de causar uma cicatriz interna visceral a qual é fechada por técnicas ainda não bem comprovadas com risco de deiscência potencialmente catastrófica.
Neste sentido, a mini-laparoscopia é de todas estas propostas a que mais se assemelha à técnica laparoscópica consagrada com custo menor, mais acessível do ponto de vista de treinamento e com conceitos mais bem estabelecidos. No início de mais um século, move-se a roda da história pela curiosidade e engenhosidade de médicos pioneiros que serão julgados, cultuados ou criticados no futuro, mas que, sem dúvida, já fazem parte da história da medicina. Com o consentimento dos pacientes e sempre em busca de um procedimento cirúrgico menos doloroso, de mais rápida recuperação, com melhor resultado estético, todos estão atrás da colecistectomia invisível. Como sempre na história da cirurgia, a solução virá pela via tecnológica associada à pesquisa médica. O estabelecimento destes novos procedimentos dependerá muito da ultrapassagem desta fase inicial de desenvolvimento. Com o mínimo de experimentação humana e com respeito a preceitos éticos, os pioneiros buscam um novo patamar não só para a colecistectomia, mas também para toda a cirurgia.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
The “invisible cholecystectomy”: A transumbilical laparoscopic operation without a scar. 
Cuesta, Migue1; Berends, Frits; Veenhof, Alexander. 

Surgical Endoscopy, Volume 22, Number 5, May 2008, pp. 1211-213(3).