segunda-feira, 2 de julho de 2012


Cystic Duct Leaks After Laparoendoscopic Single-Site Cholecystectomy Journal
of Laparoendoscopic & Advanced Surgical Techniques

Rajeev Sinha and Sharad Chandra. Journal of Laparoendoscopic & Advanced
> Surgical Techniques. Ahead of print. doi:10.1089/lap.2012.0094.
Author information
> Rajeev Sinha, MS, FICS, FAIS, and Sharad Chandra, MD, DM
Department of Surgery, M.L.B. Medical College, Jhansi, Uttar Pradesh,
> India.

 *Abstract*

> *Background:* Leakage from the clipped cystic duct stump (cystic duct
stump leak [CDSL]) as a cause of biliary peritonitis has not been
emphasized enough. It deserves special mention because it is not an
uncommon cause and it is easier to treat. With the advent of
laparoendoscopic single-site (LESS) cholecystectomy, its occurrence in
relation to other causes of biliary peritonitis needs reexamination.

> *Subjects and Methods:* Details of 756 patients undergoing LESS
cholecystectomy were analyzed, and patients presenting with biliary
peritonitis were identified. The investigative profile included an
ultrasound, contrast-enhanced computed tomography scan, and endoscopic
retrograde cholangiopancreatography (ERCP) to identify the site of leak.
The management in addition to stenting included abdominal tube drainage.

> *Results:* There were 5 (0.66%) patients, all female, with biliary
peritonitis, and 4 of them (0.53%) had cystic stump leakage as identified
by ERCP. The usual time of presentation was in the first week after
surgery, with acute abdominal pain and vomiting. Common bile duct stenting
was carried out, after choledocholithotomy where required, at the same ERCP
session. Tube abdominal drain was required in 2 patients, and 1 patient had
to undergo exploratory laparotomy for an associated acute intestinal
obstruction. All the patients recovered completely. The stent was removed
between 4 and 6 weeks after ERCP.

> *Conclusions:* Effective CDSL management requires early recognition and
management. ERCP is the cornerstone for correct identification, and common
bile duct stenting was curative in all patients.


> This paper that shows an increse in leakage from failed placement of the cystic duct clip.


Comentário: Não há dúvida que o clip é menos seguro que a ligadura com fio do ducto cístico. No entanto, o mais importante é o cuidado técnico. O clip só funciona se o ducto cístico for adequadamente dissecado, o clip bem postado, enxergando-se a ponta do clipador. O clipador deve ser o adequado ao tipo específico do clip, o qual, é claro, deve ser de tamanho adequado a estrutura. Por fim, o clip deve ter ranhuras para que se estabeleça melhor no ducto. Já a ligadura com fio, deve ser bem feita seja com nó externo ou interno com a correta confecção do nó. Por não necessitar de um trocarter de 10 mm, a ligadura com fio pode ser feita através de portal de 5 ou 3 mm, o que também é uma vantagem.
Especificamente neste artigo, o portal único é fator claro de prejuízo técnico causador da complicação.
>

Cirurgia bariátrica cura diabete


Para conhecimento,
notícia no SIS-SAUDE
http://www.sissaude.com.br

28/06/2012

Cirurgia bariátrica cura diabete em 88% dos pacientes, mostra estudo

Conselho Federal de Medicina já considera a operação como alternativa
Um estudo brasileiro mostrou que a cirurgia bariátrica pode auxiliar o combate à diabete do tipo 2 em pessoas com obesidade leve. O trabalho, publicado na revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabete, avaliou 66 pacientes por seis anos, o acompanhamento mais longo até agora.

O Conselho Federal de Medicina já considera a cirurgia bariátrica uma alternativa válida no tratamento de pessoas com diabete aliada a obesidade grave ou mórbida (ou seja, com índice de massa corporal superior a 35 kg/m²).

O trabalho recém-publicado avaliou pacientes com obesidade moderada (índice de massa corporal entre 30 e 35 kg/m²) que recebiam tratamento no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Cerca de 88% dos participantes tiveram remissão do diabete – os médicos não costumam falar em cura. Depois de um período que variou de 3 a 26 semanas, eles deixaram de utilizar remédios orais e, desde a cirurgia, os sintomas não retornaram. Nos demais pacientes, mais de 11% registraram melhora no controle de açúcar no sangue.

Todos passaram por uma cirurgia conhecida como bypass gástrico, o mais popular tipo de cirurgia bariátrica no mundo (mais informações nesta página). “Utilizamos a técnica mais difundida e bem estabelecida”, explica Ricardo Cohen, coordenador do estudo e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

Cohen afirma que a cirurgia deve ser cogitada quando outras alternativas clínicas já foram descartadas por se revelarem ineficazes. “O paciente que não reage a outros tipos de tratamento pode receber a indicação da cirurgia”, aponta o médico. “Mas antes é preciso tentar mudanças nos hábitos e medicamentos.”

O endocrinologista Sergio Atala Dib, coordenador do Centro de Diabetes da Escola Paulista de Medicina, concorda. “Os resultados (da cirurgia bariátrica) são promissores e apontam para uma estratégia quando outras abordagens falharam”, afirma.

Para Cohen, estudos como o que acaba de ser publicado devem motivar nos próximos anos uma ampliação dos casos em que a cirurgia pode ser indicada no País – para incluir os casos de obesidade moderada.

Tendência mundial. Airton Golbert, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, tem acompanhado de perto os resultados e também enxerga uma tendência parecida em todo o mundo. “Em 2010, a Federação Internacional de Diabete manifestou o consenso de que a cirurgia pode ser conveniente em alguns casos de pessoas com obesidade moderada”, recorda.

Mas sublinha que são necessários estudos com um número maior de voluntários. “Há publicações em revistas científicas importantes com algumas dezenas de pacientes”, aponta. “Para a indicação de um novo tratamento, normalmente são realizados testes clínicos que envolvem de 3 a 5 mil pessoas acompanhadas durante um período que pode variar de seis meses a dois anos.”

Walmir Coutinho, do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Diabetes, considera primordial uma coordenação dos estudos em andamento, nas diversas instituições, para que possam fundamentar um protocolo coerente de indicação da cirurgia. “Cada equipe costuma utilizar uma metodologia, com critérios próprios”, afirma. “Desse jeito, fica difícil tornar os dados comparáveis.”

Ele mesmo participa de um estudo que verifica a conveniência da cirurgia para pessoas com diabete e sobrepeso (índice de massa corporal superior a 25 kg/m²). “Os resultados são bons, mas ainda não está claro se são melhores que os da abordagem tradicional”, diz Coutinho.

A diabete do tipo 2 é a forma mais comum da doença – corresponde a 90% dos casos. Afeta geralmente pessoas obesas com mais de 40 anos de idade. Ao contrário da diabete do tipo 1, que costuma ter raízes hereditárias, a do tipo 2 surge como consequência de maus hábitos alimentares e sedentarismo.
Vida nova. O empresário Claudionor Inácio da Silva, de 56 anos, participou do estudo realizado no Hospital Oswaldo Cruz. Ele tinha obesidade moderada e convivia havia 14 anos com a diabete. Durante quatro anos, precisou de remédios. Durante dez, recebeu injeções de insulina.

“Começava a ter problemas de visão. As feridas não cicatrizam. E você sofre uma série de restrições alimentares. É muito ruim”, recorda. “Hoje eu como de tudo, bebo uma taça de vinho por dia”, conta o empresário. A cirurgia também ajudou Silva a perder peso. Hoje, seu índice de massa corporal é considerado normal.

Contudo, o coordenador do estudo e presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica aponta que o estudo não mostrou uma correlação direta entre perda de peso e controle da diabete. “Mesmo pacientes que não emagreceram tanto tiveram uma grande melhora no seu quadro clínico”, aponta.


Autor: Alexandre Gonçalves
Fonte: Estadão - Saúde