segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vitória dos Conselhos de Medicina - Justiça Federal suspende efeitos de decisão da SDE contra os médicos 

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) obtiveram uma importante vitória na Justiça contra a Secretaria de Direito Econômico (SDE). Após analisar ação impetrada pelo CFM, o juiz Antonio Correia, da 9 ª Vara Federal, em Brasília, concedeu pedido de antecipação de tutela em detrimento de medidas preventivas determinadas pelo órgão do Ministério da Justiça que impedia os médicos – por meio de suas entidades representativas – de expressarem sua opinião e pleitos com relação aos planos de saúde.

Em sua decisão, o magistrado considerou o processo administrativo instaurado pela SDE “viciado pelo abuso de poder, dada a ausência de competência para interferir nas relações dos médicos com seus pacientes ou com os planos de saúde”. O juiz argumenta ainda que com seus atos as operadoras pretendem “mediante contrato de adesão, fazer com que trabalhem para terceiros que solicitam os serviços de sua arte científica pelos valores que se propõe a pagar”.

Essa é a mesma tese defendida pelas entidades médicas: de que as operadoras de planos de saúde têm agido de forma desequilibrada em sua relação com os médicos ao imporem os valores dos honorários de consultas e procedimentos sem fazer os reajustes devidos.

De acordo com levantamento realizado pelo CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), em sete anos (de 2003 a 2009), os planos médico-hospitalares tiveram 129% de incremento na movimentação financeira, passando de R$ 28 bilhões para R$ 65,4 bilhões. O valor da consulta, no mesmo período, subiu apenas 44%. Isso em média apurada pela própria ANS. Em 2011, há operadoras que ainda pagam o absurdo de R$ 25,00 a consulta.

Empresa – Na sua decisão, juiz se refere à impropriedade dos argumentos apresentados pela SDE em sua ação contra os médicos e entidades que lutam por melhores condições de trabalho e de assistência pelos planos de saúde. Para ele, a Secretaria extrapolou: “a competência é a atribuição, por lei, de poderes para a produção do ato. Ausente esta, o ato estará viciado pelo abuso de poder e não terá validade e nem eficácia”.

“Estou convencido de que as expressões mercado e empresa não se confundem e nem se aplicam à prática da atividade da medicina e suas relações com seus pacientes ou com as empresas que contratam com o público em geral o fornecimento de serviços, mediante adesão e pagamento de valor mensal, bem como o órgão de fiscalização da atividade criado por lei com competência específica, que não atua no mercado ou como empresa”, cita em sua decisão.

O ato praticado pela SDE foi motivo de pesadas críticas pelo CFM. Em nota distribuída à sociedade, a entidade afirma que decisão da Secretaria “desrespeitou a Constituição e as leis que fundamentam a cidadania e as liberdades de organização e de expressão no Brasil, agindo como um instrumento digno dos piores regimes autoritários a serviço de interesses políticos ou privados”.

O CFM e os CRMs afirmara, ainda em sua nota, que a SDE se revelou injusta ao tratar os médicos e empresários de forma desproporcional: de um lado, penaliza o movimento de profissionais da Medicina como um cartel, sujeitando-o a medidas adequadas às empresas; de outro, ignora a ação coordenada dos empresários, que acumulam lucros exorbitantes, e condena trabalhadores e pacientes a se sujeitar ao pouco oferecido sem direito a reação.

“Este processo abriu precedentes sombrios e soa um alerta para a sociedade: se hoje o alvo da SDE são os médicos, em breve a artilharia pode se voltar para advogados, arquitetos, engenheiros, jornalistas, professores, metalúrgicos ou qualquer outra categoria que OUSE lutar para que seus direitos e sua voz sejam ouvidos e respeitados”, profetizaram o CFM e os CRMs em seu posicionamento público.

Fonte: CFM

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Reportagem sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 454/09

Tramita na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 454/09, dos deputados Eleuses Paiva (DEM-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), que cria a carreira de médico nos serviços públicos federal, estadual e municipal e estabelece a remuneração inicial da categoria em R$ 15.187,00, semelhante a de juízes e promotores.

O objetivo da proposta, segundo os autores, é criar a carreira de estado para os médicos. Os deputados alegam que essa é uma antiga reivindicação da categoria e traz benefícios para a sociedade.

"O fortalecimento dos profissionais atuando em áreas exclusivas de Estado é um requisito para garantir a qualidade e a continuidade da prestação de serviços à população", afirmam os deputados.

Salário
Eles argumentam que a categoria convive hoje com baixos salários no serviço público, o que provoca desmotivação. Os deputados usam como exemplo a tabela de honorários do Sistema Único de Saúde (SUS), onde uma cirurgia de artérias e veias paga no máximo R$ 308,00 ao médico.

"Não são honorários que recompensem o trabalho de um médico, que lida com a vida humana. Este é o motivo que nos leva a requerer a melhoria dos salários dos médicos, tendo como meta os subsídios de juízes e promotores", afirmam os parlamentares, ambos médicos.

Diretrizes
A PEC estabelece normas para a organização da carreira de médico de estado. A atividade só poderá ser exercida por ocupantes de cargos efetivos, contratados por concurso público. Também estão entre as diretrizes:

- a participação dos conselhos de medicina nos concursos para a área;
- a ascensão funcional baseada, alternadamente, em critérios de merecimento e antiguidade;
- o exercício do cargo em regime de dedicação exclusiva, com autorização para ocupar outro cargo ou função apenas no magistério;
- a proibição de receber honorários ou qualquer outro tipo de remuneração de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
- o exercício administrativo e funcional do cargo de médico de estado será regulado e fiscalizado pelo Conselho Federal de Medicina;
- os médicos federais, estaduais e municipais concursados pelas regras anteriores à promulgação da emenda constitucional constituirão carreira em extinção; e
- o piso salarial dos médicos será fixado em lei e reajustado anualmente.

Tramitação
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania analisará a admissibilidade da PEC. Caso aprovada, a proposta será examinada por comissão especial e, depois, votada em dois turnos pelo Plenário.
Íntegra da proposta:

* PEC-454/2009

Reportagem - Janary Júnior
Edição - Newton Araújo

segunda-feira, 16 de maio de 2011

DO DDW DE CHICAGO

Conheça os quatro estudos mais importantes do DDW
Por Congresses Update / 07.05.2011 - 10:32hrs
Durante os dias de evento, serão apresentadas pesquisas sobre as novas descobertas para o tratamento da obesidade, estudos sobre a relação entre problemas psicológicos e físicos, achados sobre a doença celíaca, novidades nas técnicas para a realização da colonoscopia, entre outros. No último dia 21 de abril, a organização do evento programou uma atividade em que a imprensa local foi reunida, para a apresentação dos top four studies, ou dos estudos considerados mais relevantes na programação deste ano. Conheça-os, a seguir:
* Rastreamento do Índice de Massa Corpórea (IMC) entre os 2 e 5 anos de idade e o impacto desse controle na obesidade ao longo da vida;
* Atividade física mínima ajuda a reduzir o risco de pólipos no cólon em população multiétnica com câncer colorretal;
* Impacto da triagem para vírus da hepatite C por nascimento, em comparação com a triagem atual, baseada nas taxas de incidência e mortalidade por doença hepática avançada.
* As consequências da cirurgia bariátrica em populações idosas.
A DDW é uma conferência apoiada pela Associação Americana para o Estudo das Doenças do Fígado, pela Associação Americana de Gastroenterologia, pela Sociedade Americana de Endoscopia Gastrointestinal e pela Sociedade para Cirurgia do Trato Alimentar.

AINDA A QUESTÃO DO MOVIMENTO DOS MÉDICOS DE 07 DE ABRIL

CARTA ABERTA ÀS OPERADORAS DE PLANOS E SEGUROS DE SAÚDE 

No dia 7 de abril os médicos brasileiros suspenderam o atendimento a planos e seguros de saúde em todo o país por honorários dignos, pelo fim das interferências antiéticas na autonomia profissional e por condições adequadas de assistência à população.

A manifestação, liderada pela Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo conjunto das sociedades de especialidades médicas, foi bem sucedida, conforme avaliação de reunião ampliada das entidades médicas em 28 de abril de 2011, em Brasília.

Neste momento, nos dirigimos publicamente às operadoras da saúde suplementar para informar que os médicos que atendem planos de saúde entram – a partir de hoje – em estado de alerta nacional.

Até junho, as entidades estaduais – representadas em Comissões de Honorários Médicos – conduzirão o processo de negociação com as empresas, contando com o amplo apoio da AMB, do CFM e da Fenam. 

Abertos ao diálogo, esperamos ver atendida a seguinte pauta mínima:

a) reajuste dos honorários médicos tendo como referência os valores da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), já corrigidos pela inflação;

b) contratualização com os planos de saúde, conforme exigência da Resolução Normativa nº 71/2004, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o que significa inserção dos critérios de reajuste nos contratos.

c) fim da interferência antiética e desrespeitosa dos planos de saúde na autonomia do trabalho médico.

Após o prazo limite, assembléias de médicos serão realizadas em todos os estados para analisar propostas concretas das operadoras e definir as próximas ações do movimento. Esperamos que as negociações cheguem a bom termo, evitando enfrentamentos e desdobramentos possíveis.

A AMB, CFM e Fenam tem ainda a expectativa de que os pleitos serão atendidos, pois embasam um movimento em defesa da saúde e da vida dos cidadãos.

Brasília, 28 de abril de 2011

Associação Médica Brasileira (AMB)
Conselho Federal de Medicina (CFM)
Federação Nacional dos Médicos (Fenam)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

LANÇAMENTO NOVO LIVRO NA ÁREA DA VIDEOCIRURGIA

Dr. James Skinosky, Professor Titular de Cirurgia da Universidade Positivo em Curitiba, PR divulga o lançamento de seu novo livro com a colaboração de vários nomes da videocirurgia brasileira com direito a um capítulo escrito pelo Dr. Miguel Nácul sobre ensino de novas tecnologias. O livro será lançado em Búzios durante o Congresso Regional da SOBRACIL, as 16 hs do dia 20/05/2011. Em anexo está a capa do mesmo, para divulgação.

Certificado de Atuação na área de Cirurgia Videolaroscópica - 2011

O Colégio Brasileiro de Cirurgiões, o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) comunicam a abertura das inscrições do Concurso para Obtenção do Certificado de Atuação na Área de Cirurgia Videolaparoscópica. O prazo para inscrições termina no dia 1º de agosto de 2011. A prova escrita acontecerá no dia 21 de agosto, durante o XXIX Congresso Brasileiro de Cirurgia do CBC. A prova prática, conforme definido no Edital, será realizada após a aprovação na prova escrita. A taxa de inscrição para membros das três entidades, quites com suas anuidades, é de R$375,00. Para não membros, o valor é de R$750,00. As inscrições serão recebidas exclusivamente no Colégio Brasileiro de Cirurgiões: Rua Visconde de Silva, 52 - 3º andar – Botafogo - Rio de Janeiro. Tel: (21)2138-0650.  Horário: 14 às 19h. Email: secretaria@cbc.org.br .