quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL E UM 2011 SUPIMPA!

São os votos deste Blog que promete voltar firme em 2011 divulgando os eventos da videocirurgia no Rio Grande do Sul, Brasil e Exterior e comentando fatos e publicações sobre o mundo da videocirurgia.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ERROS DE MEDICAÇÃO

Anexo o Informe SNVS/Anvisa/GFARM nº 04, de 07 de dezembro de 2010 sobre Erro de Medicação de interesse de nossa comunidade encaminhado pela diretoria do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
 
Erros de Medicação

7 de dezembro de 2010
A segurança dos pacientes passa pela preocupação de como os medicamentos são prescritos, dispensados, administrados e monitorados nos  estabelecimentos de saúde. Quanto melhor preparado estiver um serviço de saúde visando à prevenção de erros, mais seguro estará o paciente. Uma das abordagens sobre esse tema é o desenvolvimento de programas de avaliação e prevenção de erros de mediação em todas as instituições de saúde.
Erro de medicação é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de medicamento. Isso significa que o uso inadequado pode ou não lesar o paciente, e não importa se o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor.
O erro pode estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área da Saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo-se prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos
A possibilidade da prevenção é uma das diferenças marcantes entre as reações adversas e os erros de medicação. Os erros de medicação são por definição preveníveis.
As causas mais comuns dos erros são as comunicações insuficientes ou inexistentes; ambigüidade nos nomes dos produtos, semelhanças físicas entre produtos; semelhanças na forma de escrita dos nomes dos produtos; semelhanças entre a sonoridade dos nomes de produtos e procedimentos; formas de recomendações de uso, abreviações médicas ou formas de escrita; procedimentos e técnicas inadequadas ou incorretas; uso indevido pelo paciente pela pouca compreensão do seu uso adequado.
Geralmente, os erros de medicação são eventos complexos, envolvendo múltiplas etapas, procedimentos e pessoas.
Por isso, é necessária uma revisão de todas as etapas do ciclo do medicamento para a identificação da cadeia de falhas, quando da investigação de um erro. A seguir, estão alguns processos e análises que podem fazer parte de uma investigação:
Prescrição
 Avaliação da necessidade e seleção do medicamento correto;
 Individualização do regime terapêutico;
 Estabelecimento da resposta terapêutica desejada.
Dispensação
 Revisão da prescrição;
 Processamento da prescrição;
 Mistura e preparo dos medicamentos;
 Dispensação dos medicamentos de maneira adequada e oportuna.
Administração
 Administração do medicamento correto para o paciente correto;
 Administração do medicamento quando indicado;
 Informação ao paciente sobre a medicação;
 Inclusão do paciente no processo de administração.
Monitorização
 Monitorização e documentação da resposta do paciente;
 Identificação e notificação de eventos adversos aos medicamentos;
 Reavaliação da seleção do medicamento, regime, freqüência e duração do tratamento.

Sistemas e gerenciamento do controle
 Colaboração e comunicação entre os responsáveis pelos cuidados de saúde;
 Revisão e gerenciamento do regime farmacoterapêutico do paciente.

Após esta etapa, é possível gerar hipóteses do porque ocorreu o erro e, considerando sua natureza prevenível, é possível fazer um plano corretivo ou preventivo. Trabalhar para que o mesmo evento não ocorra mais, é um dos maiores benefícios de se ter um sistema de registro e avaliação de erros nas instituições de saúde.
Assim, a Anvisa recomenda que os serviços de saúde possuam sistemas ou programas de avaliação e prevenção de Erros de Medicação em nível institucional. Esse programa tem como objetivo:
• Promover a busca e identificação dos erros humanos e institucionais e promover a prevenção dos acidentes nos cuidados à saúde;
• Estimular a incorporação de novos conhecimentos sobre origem das ameaças a segurança dos pacientes;
• Aumentar a conscientização e criar a comunicação e o diálogo para aprimorar a segurança dos pacientes e
• Desenvolver abordagens em informação, relacionamento colaborativo e educacional que promova a segurança do paciente.
Para alcançar esses objetivos, o programa institucional de avaliação e prevenção de Erros de Medicação deve:
• Identificar, relatar e analisar as causas de eventos adversos no cuidado a saúde;
• Aumentar a compreensão do impacto de mudanças nos sistemas de saúde, a partir dos erros;
• Desenvolvimento de métodos para evitar eventos adversos preveníveis;
• Avaliar a efetividade das técnicas projetadas para alterar comportamentos para prevenir erros e aumentar a segurança.
Os erros que acontecem em uma dada instituição de saúde podem estar ocorrendo simultaneamente em outras. O fato de identificar erros e notificá-los para a vigilância sanitária, mesmo que de forma anônima, pode contribuir para prevenir ou minimizar erros semelhantes em outros locais.
Assim, a área de Farmacovigilância da Anvisa disponibiliza o formulário de "Erro de medicação" a todos os profissionais da saúde e instituições que pretendam notificar erros de medicação. As notificações são sigilosas. A seguir está o link para notificação:
As notificações são avaliadas e, caso seja pertinente, serão emitidos alertas e informes com o objetivo de prevenir ou minimizar os erros de medicação.
Notificando erros de medicação poderemos ter serviços e produtos cada vez mais seguros para nossos pacientes.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

MIS 2010 EM CURITIBA CONFIRMA A EXPECTATIVA DE EVENTO DE REFERÊNCIA NACIONAL EM VIDEOCIRURGIA

Mais uma vez estive participando do Minimally Invasive Surgery Simposium (MIS) 2010 realizado na cidade de Curitiba de 28 de novembro a 01 de dezembro de 2010 na Uiversidade Positivo e Curritiba, PR. O evento serve como atividade conjunta dos cursos de pós-graduação em cirurgia minimamente invasiva do IEP-Hospital Moinhos de Vento (Porto Alegre), CETREX (Brasília) e Universidade Positivo (Curitiba). O evento deste ano trouxe ao Brasil o Dr. Lee Swanstroon, cirurgião de Portland no estado de Oregon, EUA. O Dr. Swastron tem estado em grande evidência em função dos seus estudos em procedimentos por N.O.T.E.S., tendo realizado em janeiro de 2007, a primeira colecistectomia endoscópica transluminal por via trans-gástrica nos Estados Unidos. Outro convidado estrangeiro presente foi o Dr. Luigi Boni que é Professor Assistente do Departamento de Ciências Cirúrgicas da Universidade de Insubria – Minimally Invasive Surgery Research Center em Varese (Itália) e palestrou sobre o uso de procedimentos por acesso único para colectomias e outros procedimentos. Com alto nível científico, o evento contou com doze cirurgias ao vivo, uma delas realizada por mim – uma hernioplastia inguinal bilateral por técnica extra-peritoneal. Com altíssimo nível científico, o evento se coloca como dos mais importantes eventos nacionais em videocirurgia.


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

NOVAS DETERMINAÇÕES DA SECRETARIA DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE

  As regras que norteiam a aplicação de SUS pelas secretarias da saúde dos municípios visam à organização do sistema de saúde. Porém, esta aplicação tem sido feita de forma ideológica, resultando, em verdade, em uma questão de poder. O que a secretaria da saúde quer é o controle absoluto e total do atendimento público inclusive sobre hospitais privados e em especial sobre o médico. O médico não pode exercer plenamente a sua atividade profissional já que ele não pode atender quem quiser e não pode operar outro paciente que não aquele encaminhado pela secretaria da saúde. De certa forma, isto também mostra que o SUS não oferece um atendimento pleno, mas sim um atendimento cada vez mais restritivo e burocratizado. 
  Indignado pelas regras implantadas pela secretaria da saúde de Porto Alegre, RS que tem trazido conseqüências importantes o atendimento por mim desenvolvido no Hospital Parque Belém em projeto ligado ao ensino da videocirurgia, analiso criticamente esta situação.
  Seguem as novas determinações da Gerência de Regulação dos Serviços de Saúde/GRSS da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (ofício nº. 764/2010), em relação à regulação de consultas e internações hospitalares de pacientes do Sistema Único de Saúde/SUS;

1)     Todas as primeiras consultas ambulatoriais de especialidades devem ser reguladas pela Central de Marcação de Consultas e Exames (CMCE) da SMS, que encaminha o paciente com número específico, vinculado a especialidade da consulta;
2)     Interconsultas são permitidas entre especialidades vinculadas à patologia geradora da CMCE;
3)     Somente poderão ser eletivamente internados os pacientes que possuírem número da CMCE vinculado à especialidade que gera a internação (p.ex. CMCE fornecido para consulta em cardiologia não pode gerar AIH para cirurgia de hérnia);
4)     Pacientes que necessitarem internação clínica ou cirúrgica de urgência deverão ter claramente justificados os motivos da urgência da internação no boletim de atendimento do Setor de Emergência;
5)     Pacientes transferidos de outros hospitais deverão ser igualmente regulados pela Central de Regulação Inter Hospitalar (CERIH) da SMS, não podendo ocorrer transferência direta. O local de origem deverá providenciar o número da CERIH para o atendimento no Hospital São Lucas;
6)     Todos os pacientes que tiveram seus casos solucionados e que podem seguir em acompanhamento ambulatorial devem, obrigatoriamente, ser novamente referidos à Rede Básica de Saúde.

  A medicina liberal é uma ficção atualmente e não há dúvidas de que a maior parte dos nossos gestores quer, em última instância, a completa socialização da nossa medicina!



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

HÉRNIA INGUINAL VÍDEO-LAP E PROSTATECTOMIA

Uma das controvérsias e dificuldades na indicação das hernioplastias inguinais por vídeo-endoscopia é quando o paciente tiver um procedimento cirúrgico prévio no espaço pré-peritoneal. O processo cicatricial dificulta a abordagem desta região e consequentemente a abordagem por vídeo seja por técnica TAPP ou TEP. Este fato é pior na situação de recidiva pós herniopplastia video-endoscópica. Neste caso, além da dissecção prévia, temos uma grande tela no espaço pré-peritoneal. Por isso que mesmo cirurgiões experientes em videocirurgia das hérnias inguinais, tendem a optar por um acesso anterior.


Outra situação muito discutida é se a colocação de uma tela grande no espaço pré-peritoneal não poderia prejudicar tanto tecnicamente como oncologicamente uma prostaectomia radical para o tratamento de um câncer de próstata. Sobre isto, publicação do Urology de novembro de 2010 de um grupo de Leipzig na Alemanha discute o tema concluindo que o reparo prévio da hérnia inguinal por via laparoscópica não afeta negativamente os resultados funcionais e oncológicos da prostatectomia radical endoscópica extraperitoneal. Segue o resumo em inglês:



Previous Laparoscopic Inguinal Hernia Repair Does Not Adversely Affect the Functional or Oncological Outcomes of Endoscopic Extraperitoneal Radical Prostatectomy.


Do HM, Turner K, Dietel A, Wedderburn A, Liatsikos E, Uwe Stolzenburg J.


Department of Urology, University of Leipzig, Leipzig, Germany.


Abstract


OBJECTIVE: To investigate whether previous laparoscopic inguinal hernia repair (LIHR) affected adversely key outcome measures in radical prostatectomy, including perioperative data, pathologic data, complications, potency, continence, and prostate-specific antigen (PSA). We have shown previously that LIHR does not preclude safe endoscopic extraperitoneal radical prostatectomy (EERPE).


METHODS: EERPE is the standard approach to radical prostatectomy in our unit. Between 2001 and June 2009 we encountered 92 patients who had previously undergone LIHR who underwent our standard technique of EERPE other than modification of port placement and development of the extraperitoneal space. We recorded our standard perioperative/postoperative dataset. Twelve-month follow-up data were available from 75 of 92 patients with 6-month follow-up of the remaining 17.


RESULTS: Fifty-nine patients had undergone previous unilateral total extraperitoneal hernioplasty (TEP): 16 bilateral TEP, 15 unilateral transabdominal extraperitoneal hernioplasty (TAPP), and 2 bilateral TAPP. Although we needed to modify our technique, there was no increase in our operative time (153 minutes). Where indicated, we were able to perform bilateral nerve sparing and pelvic lymphadenectomy on the contralateral side to the LIHR. There were no major complications and no blood transfusions. Our positive margin rate, continence, and potency rates did not differ from our series of 2000 consecutive EERPEs. Ninety-four-point-seven percent of men had an undetectable PSA at 12 months.


CONCLUSIONS: LIHR does not adversely affect perioperative and key outcome measures in EERPE.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

MÉDICOS ESTÃO PROIBIDOS DE INDICAR MARCAS DE PRÓTESE

Segue abaixo resolução do Conselho Federal de Medicina com impacto na atividade profissional, já que em videocirurgia utilizamos este tipo de material com muita freqüência e sabemos da variedade e heterogeneidade de qualidade entre diferentes produtos, o que pode impactar nos resultados.



RESOLUÇÃO CFM N° 1.956/2010
(Publicada no D.O.U., de 25 de outubro de 2010, Seção I, p. 126)
Disciplina a prescrição de materiais implantáveis, órteses e próteses e determina arbitragem de especialista quando houver conflito.
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto n° 44.045, de 19 de julho de 1958, respectiva e posteriormente alterada pela Lei n° 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e Decreto n° 6.821, de 14 de abril de 2009, e
CONSIDERANDO que o médico deve, em benefício do seu paciente, agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade;
CONSIDERANDO que o médico não pode renunciar à sua liberdade profissional, evitando que quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho;
CONSIDERANDO que para tal deve aprimorar-se continuamente quanto aos seus conhecimentos técnicos e ao progresso da ciência médica;
CONSIDERANDO que é direito do médico indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas reconhecidamente aceitas e respeitadas as normas legais vigentes no país;
CONSIDERANDO que é dever do médico utilizar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento a seu alcance em favor do paciente;
CONSIDERANDO que a Resolução CFM nº 1.614/01 disciplina a função de auditoria médica;
CONSIDERANDO que é imperiosa a garantia de acesso aos médicos e, por conseguinte, aos pacientes, da evolução tecnológica comprovada cientificamente e liberada para uso no país;
CONSIDERANDO que é vedado ao médico obter qualquer forma de lucro ou vantagem pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses, materiais especiais ou artigos implantáveis de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional;
CONSIDERANDO que reconhecidamente há conflitos de ordens diversas entre médicos assistentes e operadoras de planos de saúde, como também instituições públicas da área, quando da indicação para uso de órteses, próteses e materiais implantáveis;
CONSIDERANDO que, de acordo com a Resolução CFM n° 1.804/06, os artigos implantáveis são utilizados sob a supervisão e responsabilidade do diretor técnico do hospital ou outro médico por ele indicado;
CONSIDERANDO a necessidade de declaração de conflito de interesses na área de pesquisa, produção científica e educação continuada para maior transparência e imparcialidade na atividade profissional;
CONSIDERANDO que deve ser respeitado o direito do paciente em receber informações quanto ao seu diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, neste caso, ser feita a comunicação a seu representante legal;
CONSIDERANDO, finalmente, o decidido na sessão plenária realizada em 7 de outubro de 2010,
RESOLVE:
Art. 1° Cabe ao médico assistente determinar as características (tipo, matéria-prima, dimensões) das órteses, próteses e materiais especiais implantáveis, bem como o instrumental compatível, necessário e adequado à execução do procedimento.
Art. 2° O médico assistente requisitante deve justificar clinicamente a sua indicação, observadas as práticas cientificamente reconhecidas e as legislações vigentes no país.
Art. 3° É vedado ao médico assistente requisitante exigir fornecedor ou marca comercial exclusivos.
Art. 4° As autorizações ou negativas devem ser acompanhadas de parecer identificado com o nome e número de inscrição no Conselho Regional de Medicina do médico responsável pelo mesmo.
Art. 5° O médico assistente requisitante pode, quando julgar inadequado ou deficiente o material implantável, bem como o instrumental disponibilizado, recusá-los e oferecer à operadora ou instituição pública pelo menos três marcas de produtos de fabricantes diferentes, quando disponíveis, regularizados juntos à Anvisa e que atendam às características previamente especificadas.
Parágrafo único. Nesta circunstância, a recusa deve ser documentada e se o motivo for a deficiência ou o defeito material a documentação deve ser encaminhada pelo médico assistente ou pelo diretor técnico da instituição hospitalar diretamente à Anvisa, ou por meio da câmara técnica de implantes da AMB (implantes@amb.org.br), para as providências cabíveis.
Art. 6° Caso persista a divergência entre o médico assistente requisitante e a operadora ou instituição pública, deverá, de comum acordo, ser escolhido um médico especialista na área, para a decisão.
§ 1° Esta decisão não deverá ultrapassar o prazo de cinco dias úteis, contados a partir do conhecimento do responsável pela arbitragem.
§ 2° Cabe arbitragem mesmo nas situações de emergências, quando não for possível pré-autorização e tenha sido usado o material implantável, órtese ou prótese.
§ 3º O médico que atua como árbitro tem direito a remuneração.
Art. 7º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga os dispositivos em contrário.
Brasília-DF, 7 de outubro de 2010
ROBERTO LUIZ D'AVILA          HENRIQUE BATISTA E SILVA
Presidente                              Secretário-geral


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AVENTURA EM MANAUS

Convidada para o I Sinpósio de Oncologia no FCOM em Manaus, a Dra. Jaqueline Behrend Silva, coordenadora da área ginecológica do Curso de Pós Graduação em Cirurgia Minimamente Invasiva do IEP-Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre se viu envolvida em uma aventura laparoscópica. Acabou sabendo um dia antes que iria fazer uma demonstração cirúrgica em um hospital materno-infantil público - Hospital Francisca Mendes. No dia, descobriu que seria a primeira videocirurgia daquele hospital. A seguir, ficou sabendo que seria uma histerectomia e que seria o primeiro uso do equipamento recém chegado por doação do SUS. Ao chegar no hospital foi recebida pela imprensa com direito a entrevista gravada. Por fim, ao examinar a paciente, verificou que a paciente tinha um enorme útero o que torna o procedimento muito complexo. Transmitida ao vivo, a cirurgia só foi bem sucedida em função do Dr. Mário Viana, Presidente da SOBRACIL-AM e seu instrumentador, além do apoio do Grupo de ginecologistas do Hospital.
Por fim, sobrou a notícia no jornal - ufanista é claro e típicas fotos com animais da fauna regional!


Francisca Mendes realiza primeira cirurgia ginecológica por videolaparoscopia no Amazonas
05/11/2010
O Governo do Amazonas realizou, por meio do Hospital Francisca Mendes, a primeira cirurgia ginecológica por videolaparoscopia – procedimento para retirada do útero. A técnica é pioneira no Estado e contou com a participação de especialistas do Rio Grande do Sul e coordenadores do setor de ginecologia da unidade.
Segundo Jaqueline Behrend Silva, ginecologista especialista em vídeocirurgia, as vantagens são inúmeras, como a economia nos bancos de sangue, pois este tipo de cirurgia não utiliza transfusão, além de ser menos invasivo porque o médico trabalha com base na imagem da microcâmera inserida no corpo da paciente.
O que antes era feito com um corte no abdômen, agora pode ser corrigido com apenas duas incisões.  A videolaparoscopia é extremamente segura feita por pessoas especializadas nessa área”, explicou.
O presidente da Sociedade Brasileira em Videolaparoscopia, Marco Viana, citou a rápida recuperação da paciente e os ganhos estéticos para as mulheres como os principais benefícios da vídeocirurgia. “A cirurgia de vídeo tem uma menor agressão ao corpo humano, um tempo de recuperação muito menor, a dor pós-operatória é menor e em termos estéticos também porque fazemos pequenas inserções”, afirmou.
Jaqueline informou que a videolaparoscopia leva um tempo médio de 40 minutos a 1h30, dependendo do caso. O recurso pode interromper os sofrimentos causados por miomas, sangramentos internos, endometriose e outras anomalias.
Segundo a especialista, a precisão da laparoscopia é outro facilitador da técnica, que também pode ser utilizada em diversas especialidades médicas. “O procedimento tem um gama abrangente porque podemos visualizar toda a cavidade abdominal do paciente, então caso
esse paciente tenha alguma outra doença associada podemos agir também, junto com a cirurgia do útero”, alegou.
Os 16 médicos residentes do Hospital Francisca Mendes tiveram a oportunidade de acompanhar a cirurgia em uma sala preparada com telão conectado ao centro cirúrgico. De acordo com Ione Brum, chefe do Serviço de Ginecologia do HFM, o objetivo é capacitar os futuros profissionais da unidade, que é referência em atendimento médico ginecológico.
“Somos um hospital universitário, temos todo treinamento para formar novos profissionais capacitados e assim beneficiar um número maior de pacientes”, ressaltou. Por enquanto, o hospital não vai inserir este tipo de cirurgia nos procedimentos de rotina.
O levantamento suplementar de saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgado no início deste ano, mostrou que a região Norte apresentou o menor número de mulheres histerectomizadas, com 6,4%. Em 2009, a PNAD afirmou que 4,3 milhões de mulheres fizeram a cirurgia no País. A maioria delas (93,5%) tinha idade igual ou superior a 40 anos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

MENOS DE UMA SEMANA PARA O I CONGRESSO BRASILEIRO DE HÉRNIA

Faltando menos de uma semana para o I Congresso Brasileiro de Hérnia da recém fundada Sociedade Brasileira, o Rio de Janeiro prepara-se para receber um evento de grande porte com muitos convidados nacionais e estrangeiros de expressão.
Segue a listagem dos nomes

PALESTRANTES INTERNACIONAIS
Adriana Hernandez
México

Claudio Brandi
Chefe do Serviço de Parede Abdominal do Hospital Italiano
Buenos Aires - Argentina

Eduardo Parra-Davila
Cirurgia Geral e Coloproctologia
Diretor Médico do Serviço de Hérnia e Reconstrução de Parede Abdominal do Florida Hospital Celebration Health - USA

Enrico Nicolo
Departamento de Cirurgia
Universidade de Pittsburgh - USA

Fernando Arias, FACS
Fundação Santa Fe de Bogota
Cirurgião minimamente invasivo no Hospital Universitário da Fundación Santa Fé de Bogotá - Colômbia

Francesco Abbonante
Departamento de Cirurgia
Hospital de Catanzaro - Itália

Gustavo Castagneto 
Hospital Britanico de Buenos Aires
Serviço de Cirurgia Geral
Membro da Escola Americana de Cirurgiões
Diretor da carreira de Médico Especialista em Cirurgia Geral da Universidade de Buenos Aires - Argentina

Juan Carlos Mayagoitia González 
Centro Especializado de Tratamento de Hernias
Hospital Medica Campestre - México

Miguel Octavio Gianatiempo
Hospital Dr. Ignacio Pirovano
Chefe de Cirurgia Videolaparoscopia - Argentina

Paul Montero
Programa de Cirurgia Laparoscópica e Avançada do Centro Médico Carolinas - USA

Rafael Reyes Richa, FACS
Caixa De Previdência Social
Cirurgião Geral e Laparoscópico
Membro do Painel Latino-Americano de Especialistas em Hérnia - Panamá

Rigoberto Alvarez
Associação Mexicana de Hernia
Proben Hernia Center - México

Ronald de La Cuadra
Hospital Clínico da Universidade do Chile - Chile

Uwe Klinge
Departamento de Cirurgia
Hospital Universitário de RWTH Aachen - Alemanha

PALESTRANTES NACIONAIS CONFIRMADOS
ANÍSIO JOSÉ ALMEIDA ALEXANDRE
JOSÉ LUÍS DE SOUZA VARELA
ANTONIO CLAUDIO JAMEL COELHO
JÓSIMO AUGUSTO BASILIO DIAS
ARTUR PACHECO SEABRA
LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA
CARLOS ROXO
MANLIO BASILIO SPERANZINI
CIRÊNIO DE ALMEIDA BARBOSA
MARCELO DE PAULA LOUREIRO
CLAUDIO RENATO PENTEADO DE LUCA FILHO
MARCELO LOPES FURTADO
ELISANIO DE SOUZA CARDOSO
MARCOS CAMPOS WANDERLEY REIS
FLAVIO ROTFUCHS
MARCUS VINICIUS DANTAS DE CAMPOS MARTINS
FLÁVIO MALCHER DE OLIVEIRA
PAULO ANDRÉ JESUÍNO
GIL CARLOS MODESTO ALVES
PLÍNIO CARLOS BAÚ
HEITOR CONSANI
RENATO MIRANDA DE MELO
HEITOR MARCIO GAVIÃO SANTOS
RICARDO Z. ABDALLA
JAMES SKINOVSKY
RUBENS ANTONIO AISSAR SALLUM
JOSE JÚLIO DO REGO MONTEIRO FILHO
SÉRGIO ROLL
JOSÉ GUILHERME MINOSSI
 


Informações - acesse http://www.cbhernia.org

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

NÚCLEO DE ENSINO E TREINAMENTO EM VIDEOCIRURGIA DO CETS

  O Centro de Ensino e Treinamento em Saúde surgiu da união de cinco cirurgiões que, por sua experiência no atendimento ao trauma e emergências e sua destacada atividade acadêmica em sociedades médicas e como professores universitários, tornaram-se multiplicadores de programas de qualificação do "American College of Surgeons - ACS". Em 21 de abril de 1994, introduziram o programa do ATLS - "Advanced Trauma Life Support" no estado e, a partir de 1999, o PHTLS - "Prehospital Trauma Life Support", assegurando sua certificação internacional.
  Com foco no treinamento de profissionais de nível superior da área da saúde e, complementarmente, profissionais de nível técnico, o Centro desenvolve diversas atividades na área de urgências e trauma visando atender a demanda social. O Centro possui estrutura física preparada para simulação e treinamento de situações de risco. Equipamento moderno e técnica pedagógica arrojada são oferecidos aos alunos, treinados por uma seleta equipe de instrutores que obedecem um sistema contínuo de atualização.
  A ampliação gradual do portfólio de atividades e a busca de realizações em parceria são uma característica do Centro, que além de um grande número de alunos de todos os estados da federação, atende inúmeras Instituições Públicas e Privadas que buscam proporcionar à comunidade um atendimento qualificado e identificam no CETS o modelo desejado para a execução de seu projeto de gestão.  nESTE SENTIDO, SURGE O núcleo de Treinamento em Videocirurgia - NTV do CETS. Com o crescimento físico de nosso Centro, estamos expandido nossas atividades à área da Videocirurgia, através de um sólido projeto que envolve  também empresas do ramo e colegas, como os senhores, indicados por sua proeminente qualificação técnica e pedagógica.
 Para a Coordenação Técnica deste projeto convidamos o colega Miguel Nácul, por sua reconhecida experiência e liderança nesta área. Seguem informações complementares:

JUSTIFICATIVA
  A formação do cirurgião em videocirurgia deve ser feita por etapas, de forma gradativa e progressiva na complexidade dos procedimentos, sob supervisão de profissional habilitado, dentro de um serviço atuante no método e com tempo de treinamento suficiente.
  Este processo deve percorrer os seguintes caminhos:
1. Base teórica.
2. Manipulação de equipamentos e instrumentais.
3. Treinamento em laboratório de videocirurgia com simuladores.
4. Treinamento em animais de experimentação fazendo auxílio, câmera e cirurgião.
5. Treinamento em pacientes como auxiliar, câmera e cirurgião sob supervisão.
  A partir do processo de formação inicial deve o cirurgião inserir-se em um programa de educação continuada, buscando uma constante evolução técnica que, aliada a evolução tecnológica, lhe proporcionará a oportunidade de desenvolver a vídeocirurgia em técnicas específicas e avançadas.
  É dentro deste contexto que estruturamos um núcleo de ensino e treinamento em videocirurgia no CETS. O projeto parte da idéia de fazer o enquadramento inicial do cirurgião geral ou do cirurgião de outras especialidades na videocirurgia com ênfase na videolaparoscopia, dando o impulso inicial para a sua evolução técnica profissional.

DESCRIÇÃO DO CURSO
  Curso intensivo de caráter habilitador em videocirurgia.
Nível básico e nível aperfeiçoamento

A QUEM SE DESTINA
  Médicos Residentes em Cirurgia Geral ou em outras especialidades e Cirurgiões Gerais ou Especialistas sem formação ou com formação rudimentar em videocirurgia.
  Médicos Residentes em Cirurgia Geral ou em outras especialidades e Cirurgiões Gerais ou Especialistas com formação em videocirurgia com interesse em desenvolver técnicas avançadas.

OBJETIVO
 I - Auxiliar o processo de ensino e treinamento em videocirurgia para cirurgiões gerais e do aparelho digestivo ou especialista nas diversas especialidades (urologia, ginecologia, cirurgia pediátrica), incluindo o treinamento básico inicial, formação de pessoal de apoio, aquisição de equipamentos e instrumentais para videocirurgia, apoio à estruturação de serviço de videocirurgia e recertificação de alunos.
II - Desenvolver conhecimentos gerais acerca das possibilidades de aplicação do método nas diversas áreas que compõem a Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo e demais especialidades cirúrgicas.
III - Desenvolver noções e habilidades básicas e avançadas na técnica operatória específica através do treinamento.
IV - Discutir indicações, limitações e técnicas da videocirurgia nas diferentes especialidades cirúrgicas.
V - Estimular o interesse em videocirurgia, aumentar as possibilidades e o espectro de atuação no método.
VI - Estimular e orientar a estruturação de um Serviço de Videocirurgia.
IX - Estimular a pesquisa e a educação continuada em videocirurgia.

PROGRAMA
Teórico
1.    Introdução a Videocirurgia;
a) Conceitos básicos sobre o método;
b) Indicações;
c) Equipamento e instrumental;
d) Aspectos peculiares da Anestesia em Cirurgia Videolaparoscópica;
e) Pneumoperitônio;
f) Formação e treinamento;

2. Objetivos da Videocirurgia;
3. Equipamento e instrumental;
4. Limpeza, desinfecção, esterilização, manutenção e armazenamento do instrumental;
5. Rotinas de preparo de campo para a Cirurgia Videolaparoscópica;
6. Anestesia em Cirurgia Videolaparoscópica;
7. Eletrocirurgia aplicada a Cirurgia Videolaparoscópica;
8. Complicações em Cirurgia Videolaparoscópica;
9. Videocirurgia & Câncer.
10. Técnica operatória em Videocirurgia.
11. Documentação em Videocirurgia.
12. Estruturação de Sistemas para Videocirurgia.
13. Videolaparoscopia Diagnóstica;
15. Videocirurgia Avançada;
17. Videolaparoscopia em Ginecologia & Urologia.
18. Videolaparoscopia em Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo.
19. Outras possibilidades e perspectivas futuras da Cirurgia Videolaparoscópica;
20. Situações complexas em Cirurgia Videolaparoscópica;

Prático
Realizado em laboratório com o uso de simuladores, em cirurgia experimental com modelo animal e em bloco cirúrgico com demonstrações cirúrgicas.

CARGA HORÁRIA

Nível Básico – 25 horas
Nível Aperfeiçoamento – 25 horas

PARCEIROS CONFIRMADOS:
·  Bhio Supply
·  Johnson e Johnson
·  Jomhedica Norte
·  Karl Storz - Stratner
·  Vital

IRCAD no Brasil




   IRCAD (Instituto de Pesquisa contra o Câncer do Aparelho Digestivo) foi fundado em 1994 no Hospital Universitário de Estrasburgo. Ela reúne os laboratórios de Investigação do Câncer Digestivo e Médico-Robótica, um departamento de pesquisa e desenvolvimento e um centro de treinamento de tecnologia da informação em cirurgia minimamente invasiva. Com mais de 2.404 publicações científicas internacionais e comunicações em setembro de 2009, IRCAD agora é reconhecido mundialmente como centro de referência em cirurgia laparoscópica. 3500 cirurgiões ao redor do mundo vêm a cada ano para treinar, em Estrasburgo, sob a supervisão de especialistas de renome internacional. Sob a liderança do Professor Jean-Marc Egly, Presidente do Conselho Científico, as equipes de pesquisa IRCAD em conjunto para prevenir câncer gastrointestinal, melhorar o diagnóstico precoce e desenvolver novas estratégias terapêuticas. Em 2 de abril de 2007, a "Operação Anúbis," a primeira operação, sem uma cicatriz por transvaginal marcou o culminar de três anos de pesquisa no projeto Anubis rotulada pelo Cluster "Inovações Terapêuticas". O sucesso da IRCAD se estende através da abertura em Maio de 2008, de um instituto de "gêmeo", o ÁSIA IRCAD Taiwan. IRCAD torna-se um embaixador da excelência francesa e europeia no mundo para o ensino de cirurgia minimamente invasiva. Um terceiro instituto será no Brasil em 2010.


  O IRCAD América Latina não é mais um projeto, tornou-se uma realidade. As fundações já estão estabelecidas e da construção deverá estar concluída no início de 2011. Graças aos parceiros excepcionais (Hospital de Câncer de Barretos), o líder muito dinâmico que é Henrique Prata e sua equipe, o projeto será sem dúvida um grande sucesso. O IRCAD Brasil vai movimentar o ensino em videocirurgia no Brasil em função da estrutura e do método utilizado, além da marca da instituição, sem dúvida, o maior centro de ensino em videocirurgia no mundo.