quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AVENTURA EM MANAUS

Convidada para o I Sinpósio de Oncologia no FCOM em Manaus, a Dra. Jaqueline Behrend Silva, coordenadora da área ginecológica do Curso de Pós Graduação em Cirurgia Minimamente Invasiva do IEP-Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre se viu envolvida em uma aventura laparoscópica. Acabou sabendo um dia antes que iria fazer uma demonstração cirúrgica em um hospital materno-infantil público - Hospital Francisca Mendes. No dia, descobriu que seria a primeira videocirurgia daquele hospital. A seguir, ficou sabendo que seria uma histerectomia e que seria o primeiro uso do equipamento recém chegado por doação do SUS. Ao chegar no hospital foi recebida pela imprensa com direito a entrevista gravada. Por fim, ao examinar a paciente, verificou que a paciente tinha um enorme útero o que torna o procedimento muito complexo. Transmitida ao vivo, a cirurgia só foi bem sucedida em função do Dr. Mário Viana, Presidente da SOBRACIL-AM e seu instrumentador, além do apoio do Grupo de ginecologistas do Hospital.
Por fim, sobrou a notícia no jornal - ufanista é claro e típicas fotos com animais da fauna regional!


Francisca Mendes realiza primeira cirurgia ginecológica por videolaparoscopia no Amazonas
05/11/2010
O Governo do Amazonas realizou, por meio do Hospital Francisca Mendes, a primeira cirurgia ginecológica por videolaparoscopia – procedimento para retirada do útero. A técnica é pioneira no Estado e contou com a participação de especialistas do Rio Grande do Sul e coordenadores do setor de ginecologia da unidade.
Segundo Jaqueline Behrend Silva, ginecologista especialista em vídeocirurgia, as vantagens são inúmeras, como a economia nos bancos de sangue, pois este tipo de cirurgia não utiliza transfusão, além de ser menos invasivo porque o médico trabalha com base na imagem da microcâmera inserida no corpo da paciente.
O que antes era feito com um corte no abdômen, agora pode ser corrigido com apenas duas incisões.  A videolaparoscopia é extremamente segura feita por pessoas especializadas nessa área”, explicou.
O presidente da Sociedade Brasileira em Videolaparoscopia, Marco Viana, citou a rápida recuperação da paciente e os ganhos estéticos para as mulheres como os principais benefícios da vídeocirurgia. “A cirurgia de vídeo tem uma menor agressão ao corpo humano, um tempo de recuperação muito menor, a dor pós-operatória é menor e em termos estéticos também porque fazemos pequenas inserções”, afirmou.
Jaqueline informou que a videolaparoscopia leva um tempo médio de 40 minutos a 1h30, dependendo do caso. O recurso pode interromper os sofrimentos causados por miomas, sangramentos internos, endometriose e outras anomalias.
Segundo a especialista, a precisão da laparoscopia é outro facilitador da técnica, que também pode ser utilizada em diversas especialidades médicas. “O procedimento tem um gama abrangente porque podemos visualizar toda a cavidade abdominal do paciente, então caso
esse paciente tenha alguma outra doença associada podemos agir também, junto com a cirurgia do útero”, alegou.
Os 16 médicos residentes do Hospital Francisca Mendes tiveram a oportunidade de acompanhar a cirurgia em uma sala preparada com telão conectado ao centro cirúrgico. De acordo com Ione Brum, chefe do Serviço de Ginecologia do HFM, o objetivo é capacitar os futuros profissionais da unidade, que é referência em atendimento médico ginecológico.
“Somos um hospital universitário, temos todo treinamento para formar novos profissionais capacitados e assim beneficiar um número maior de pacientes”, ressaltou. Por enquanto, o hospital não vai inserir este tipo de cirurgia nos procedimentos de rotina.
O levantamento suplementar de saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgado no início deste ano, mostrou que a região Norte apresentou o menor número de mulheres histerectomizadas, com 6,4%. Em 2009, a PNAD afirmou que 4,3 milhões de mulheres fizeram a cirurgia no País. A maioria delas (93,5%) tinha idade igual ou superior a 40 anos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

MENOS DE UMA SEMANA PARA O I CONGRESSO BRASILEIRO DE HÉRNIA

Faltando menos de uma semana para o I Congresso Brasileiro de Hérnia da recém fundada Sociedade Brasileira, o Rio de Janeiro prepara-se para receber um evento de grande porte com muitos convidados nacionais e estrangeiros de expressão.
Segue a listagem dos nomes

PALESTRANTES INTERNACIONAIS
Adriana Hernandez
México

Claudio Brandi
Chefe do Serviço de Parede Abdominal do Hospital Italiano
Buenos Aires - Argentina

Eduardo Parra-Davila
Cirurgia Geral e Coloproctologia
Diretor Médico do Serviço de Hérnia e Reconstrução de Parede Abdominal do Florida Hospital Celebration Health - USA

Enrico Nicolo
Departamento de Cirurgia
Universidade de Pittsburgh - USA

Fernando Arias, FACS
Fundação Santa Fe de Bogota
Cirurgião minimamente invasivo no Hospital Universitário da Fundación Santa Fé de Bogotá - Colômbia

Francesco Abbonante
Departamento de Cirurgia
Hospital de Catanzaro - Itália

Gustavo Castagneto 
Hospital Britanico de Buenos Aires
Serviço de Cirurgia Geral
Membro da Escola Americana de Cirurgiões
Diretor da carreira de Médico Especialista em Cirurgia Geral da Universidade de Buenos Aires - Argentina

Juan Carlos Mayagoitia González 
Centro Especializado de Tratamento de Hernias
Hospital Medica Campestre - México

Miguel Octavio Gianatiempo
Hospital Dr. Ignacio Pirovano
Chefe de Cirurgia Videolaparoscopia - Argentina

Paul Montero
Programa de Cirurgia Laparoscópica e Avançada do Centro Médico Carolinas - USA

Rafael Reyes Richa, FACS
Caixa De Previdência Social
Cirurgião Geral e Laparoscópico
Membro do Painel Latino-Americano de Especialistas em Hérnia - Panamá

Rigoberto Alvarez
Associação Mexicana de Hernia
Proben Hernia Center - México

Ronald de La Cuadra
Hospital Clínico da Universidade do Chile - Chile

Uwe Klinge
Departamento de Cirurgia
Hospital Universitário de RWTH Aachen - Alemanha

PALESTRANTES NACIONAIS CONFIRMADOS
ANÍSIO JOSÉ ALMEIDA ALEXANDRE
JOSÉ LUÍS DE SOUZA VARELA
ANTONIO CLAUDIO JAMEL COELHO
JÓSIMO AUGUSTO BASILIO DIAS
ARTUR PACHECO SEABRA
LEANDRO TOTTI CAVAZZOLA
CARLOS ROXO
MANLIO BASILIO SPERANZINI
CIRÊNIO DE ALMEIDA BARBOSA
MARCELO DE PAULA LOUREIRO
CLAUDIO RENATO PENTEADO DE LUCA FILHO
MARCELO LOPES FURTADO
ELISANIO DE SOUZA CARDOSO
MARCOS CAMPOS WANDERLEY REIS
FLAVIO ROTFUCHS
MARCUS VINICIUS DANTAS DE CAMPOS MARTINS
FLÁVIO MALCHER DE OLIVEIRA
PAULO ANDRÉ JESUÍNO
GIL CARLOS MODESTO ALVES
PLÍNIO CARLOS BAÚ
HEITOR CONSANI
RENATO MIRANDA DE MELO
HEITOR MARCIO GAVIÃO SANTOS
RICARDO Z. ABDALLA
JAMES SKINOVSKY
RUBENS ANTONIO AISSAR SALLUM
JOSE JÚLIO DO REGO MONTEIRO FILHO
SÉRGIO ROLL
JOSÉ GUILHERME MINOSSI
 


Informações - acesse http://www.cbhernia.org

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

NÚCLEO DE ENSINO E TREINAMENTO EM VIDEOCIRURGIA DO CETS

  O Centro de Ensino e Treinamento em Saúde surgiu da união de cinco cirurgiões que, por sua experiência no atendimento ao trauma e emergências e sua destacada atividade acadêmica em sociedades médicas e como professores universitários, tornaram-se multiplicadores de programas de qualificação do "American College of Surgeons - ACS". Em 21 de abril de 1994, introduziram o programa do ATLS - "Advanced Trauma Life Support" no estado e, a partir de 1999, o PHTLS - "Prehospital Trauma Life Support", assegurando sua certificação internacional.
  Com foco no treinamento de profissionais de nível superior da área da saúde e, complementarmente, profissionais de nível técnico, o Centro desenvolve diversas atividades na área de urgências e trauma visando atender a demanda social. O Centro possui estrutura física preparada para simulação e treinamento de situações de risco. Equipamento moderno e técnica pedagógica arrojada são oferecidos aos alunos, treinados por uma seleta equipe de instrutores que obedecem um sistema contínuo de atualização.
  A ampliação gradual do portfólio de atividades e a busca de realizações em parceria são uma característica do Centro, que além de um grande número de alunos de todos os estados da federação, atende inúmeras Instituições Públicas e Privadas que buscam proporcionar à comunidade um atendimento qualificado e identificam no CETS o modelo desejado para a execução de seu projeto de gestão.  nESTE SENTIDO, SURGE O núcleo de Treinamento em Videocirurgia - NTV do CETS. Com o crescimento físico de nosso Centro, estamos expandido nossas atividades à área da Videocirurgia, através de um sólido projeto que envolve  também empresas do ramo e colegas, como os senhores, indicados por sua proeminente qualificação técnica e pedagógica.
 Para a Coordenação Técnica deste projeto convidamos o colega Miguel Nácul, por sua reconhecida experiência e liderança nesta área. Seguem informações complementares:

JUSTIFICATIVA
  A formação do cirurgião em videocirurgia deve ser feita por etapas, de forma gradativa e progressiva na complexidade dos procedimentos, sob supervisão de profissional habilitado, dentro de um serviço atuante no método e com tempo de treinamento suficiente.
  Este processo deve percorrer os seguintes caminhos:
1. Base teórica.
2. Manipulação de equipamentos e instrumentais.
3. Treinamento em laboratório de videocirurgia com simuladores.
4. Treinamento em animais de experimentação fazendo auxílio, câmera e cirurgião.
5. Treinamento em pacientes como auxiliar, câmera e cirurgião sob supervisão.
  A partir do processo de formação inicial deve o cirurgião inserir-se em um programa de educação continuada, buscando uma constante evolução técnica que, aliada a evolução tecnológica, lhe proporcionará a oportunidade de desenvolver a vídeocirurgia em técnicas específicas e avançadas.
  É dentro deste contexto que estruturamos um núcleo de ensino e treinamento em videocirurgia no CETS. O projeto parte da idéia de fazer o enquadramento inicial do cirurgião geral ou do cirurgião de outras especialidades na videocirurgia com ênfase na videolaparoscopia, dando o impulso inicial para a sua evolução técnica profissional.

DESCRIÇÃO DO CURSO
  Curso intensivo de caráter habilitador em videocirurgia.
Nível básico e nível aperfeiçoamento

A QUEM SE DESTINA
  Médicos Residentes em Cirurgia Geral ou em outras especialidades e Cirurgiões Gerais ou Especialistas sem formação ou com formação rudimentar em videocirurgia.
  Médicos Residentes em Cirurgia Geral ou em outras especialidades e Cirurgiões Gerais ou Especialistas com formação em videocirurgia com interesse em desenvolver técnicas avançadas.

OBJETIVO
 I - Auxiliar o processo de ensino e treinamento em videocirurgia para cirurgiões gerais e do aparelho digestivo ou especialista nas diversas especialidades (urologia, ginecologia, cirurgia pediátrica), incluindo o treinamento básico inicial, formação de pessoal de apoio, aquisição de equipamentos e instrumentais para videocirurgia, apoio à estruturação de serviço de videocirurgia e recertificação de alunos.
II - Desenvolver conhecimentos gerais acerca das possibilidades de aplicação do método nas diversas áreas que compõem a Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo e demais especialidades cirúrgicas.
III - Desenvolver noções e habilidades básicas e avançadas na técnica operatória específica através do treinamento.
IV - Discutir indicações, limitações e técnicas da videocirurgia nas diferentes especialidades cirúrgicas.
V - Estimular o interesse em videocirurgia, aumentar as possibilidades e o espectro de atuação no método.
VI - Estimular e orientar a estruturação de um Serviço de Videocirurgia.
IX - Estimular a pesquisa e a educação continuada em videocirurgia.

PROGRAMA
Teórico
1.    Introdução a Videocirurgia;
a) Conceitos básicos sobre o método;
b) Indicações;
c) Equipamento e instrumental;
d) Aspectos peculiares da Anestesia em Cirurgia Videolaparoscópica;
e) Pneumoperitônio;
f) Formação e treinamento;

2. Objetivos da Videocirurgia;
3. Equipamento e instrumental;
4. Limpeza, desinfecção, esterilização, manutenção e armazenamento do instrumental;
5. Rotinas de preparo de campo para a Cirurgia Videolaparoscópica;
6. Anestesia em Cirurgia Videolaparoscópica;
7. Eletrocirurgia aplicada a Cirurgia Videolaparoscópica;
8. Complicações em Cirurgia Videolaparoscópica;
9. Videocirurgia & Câncer.
10. Técnica operatória em Videocirurgia.
11. Documentação em Videocirurgia.
12. Estruturação de Sistemas para Videocirurgia.
13. Videolaparoscopia Diagnóstica;
15. Videocirurgia Avançada;
17. Videolaparoscopia em Ginecologia & Urologia.
18. Videolaparoscopia em Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo.
19. Outras possibilidades e perspectivas futuras da Cirurgia Videolaparoscópica;
20. Situações complexas em Cirurgia Videolaparoscópica;

Prático
Realizado em laboratório com o uso de simuladores, em cirurgia experimental com modelo animal e em bloco cirúrgico com demonstrações cirúrgicas.

CARGA HORÁRIA

Nível Básico – 25 horas
Nível Aperfeiçoamento – 25 horas

PARCEIROS CONFIRMADOS:
·  Bhio Supply
·  Johnson e Johnson
·  Jomhedica Norte
·  Karl Storz - Stratner
·  Vital

IRCAD no Brasil




   IRCAD (Instituto de Pesquisa contra o Câncer do Aparelho Digestivo) foi fundado em 1994 no Hospital Universitário de Estrasburgo. Ela reúne os laboratórios de Investigação do Câncer Digestivo e Médico-Robótica, um departamento de pesquisa e desenvolvimento e um centro de treinamento de tecnologia da informação em cirurgia minimamente invasiva. Com mais de 2.404 publicações científicas internacionais e comunicações em setembro de 2009, IRCAD agora é reconhecido mundialmente como centro de referência em cirurgia laparoscópica. 3500 cirurgiões ao redor do mundo vêm a cada ano para treinar, em Estrasburgo, sob a supervisão de especialistas de renome internacional. Sob a liderança do Professor Jean-Marc Egly, Presidente do Conselho Científico, as equipes de pesquisa IRCAD em conjunto para prevenir câncer gastrointestinal, melhorar o diagnóstico precoce e desenvolver novas estratégias terapêuticas. Em 2 de abril de 2007, a "Operação Anúbis," a primeira operação, sem uma cicatriz por transvaginal marcou o culminar de três anos de pesquisa no projeto Anubis rotulada pelo Cluster "Inovações Terapêuticas". O sucesso da IRCAD se estende através da abertura em Maio de 2008, de um instituto de "gêmeo", o ÁSIA IRCAD Taiwan. IRCAD torna-se um embaixador da excelência francesa e europeia no mundo para o ensino de cirurgia minimamente invasiva. Um terceiro instituto será no Brasil em 2010.


  O IRCAD América Latina não é mais um projeto, tornou-se uma realidade. As fundações já estão estabelecidas e da construção deverá estar concluída no início de 2011. Graças aos parceiros excepcionais (Hospital de Câncer de Barretos), o líder muito dinâmico que é Henrique Prata e sua equipe, o projeto será sem dúvida um grande sucesso. O IRCAD Brasil vai movimentar o ensino em videocirurgia no Brasil em função da estrutura e do método utilizado, além da marca da instituição, sem dúvida, o maior centro de ensino em videocirurgia no mundo.



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

DEBATE ENTRE NOVAS TECNOLOGIAS SERÁ DESTAQUE NO III MIS E ANTECIPA EVENTO DO ELSA

O projetado debate entre os defensores da minilaparoscopia, dos procedimentos por orifícios naturais e por portal único será, sem dúvida, uma das atrações do III MIS de Curitiba no próximo dia 29 de novembro de 2010 na Universidade Positivo.
O debate antecipa uma atividade do ELSA (Asian Pacific Congress of Endoscopic Surgery) que acontecerá em Singapura de 11 a 13 de agosto de 2011 e que tem como tema central o interessante bordão "radical today, so obvious tomorrow". 

Vejam como o MIS saiu na FRENTE em manter a discussao dos novos acessos



PROGRAMME OF THE ELSA 2010 CONGRESS - PLENARY SESSION & LIVE DEMONSTRATIVE OPERATIONS
Lunch Symposium
"How to decrease parietal trauma: Alternative Laparoscopic Procedures"
12h00 - 13h30
1 - 12h00 - 12h15: From NOTE to Single Port - Jacques MARESCAUX (France)
2 - 12h15 - 12h30: Single Port in Colorectal ans small Bowel Surgery - Joel LEROY (France)
3 - 12h30 -12h45: Single Port Laparoscopy for advanced surgical procedures - Luigi Boni (France)
4 - 12h45 -13h00: Reduced Port Surgery: How to adopt SinglePort Access into your practice - Paul Curcillo (USA)
5 - 13h00 -13h15: Minilaparoscopy - The awakening of the sleeping giant - Gustavo Carvalho (Brazil)

Utilização de robô para transplante de pâncreas por videolaparoscopia


Imagem mostra a primeira cirurgia de transplante de pâncreas feita por um robô. A cirurgia foi realizada no Hospital Cisanello em Pisa, na Itália, no dia 27 de setembro, mas as fotos do procedimento foram divulgadas agora. Segundo a equipe médica envolvida, tudo ocorreu bem durante o processo. (Foto: AFP)

Autor: Imprensa 
Fonte: G1 

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SOLICITAÇÃO DE MATERIAL ESPECIAL PARA OS CONVÊNIOS DE SAÚDE

  Cada vez menos o cirurgião consegue a autorização por parte dos convênios, planos de saúde ou mesmo da UNIMED de materiais especiais para videocirurgia. Eventualmente, de forma quase anedotal, procedimentos já muito bem determinados por videolaparoscopia como hernioplastias inguinais, cirurgia bariátrica, histerectomias ou colectomias são somente autorizadas de forma aberta (laparotômica). A solução neste caso então poderia ser:
1. Conversar com a auditoria - normalmente resultado = zero
2. Fazer o procedimento de forma aberta - do ponto de vista ético muito discutível, pois o cirurgião não estará oferecendo o melhor tratamento da doença para o paciente, além de poder estar prejudicando o seu próprio resultado.
3. Incentivar o paciente a buscar auxílio jurídico - é uma via não natural que eventualmente pode gerar problemas para o cirurgião.
O que fazer?
A mobilização deve vir das sociedades representativas unidas pela causa. Deve envolver eventualmente também o Sindicato Médico, a Associação Médica e eventualmente até o Conselho Regional de Medicina no que tange a mediação dos conflitos com os médicos auditores.
  Abaixo, transcrevo carta de um colega médico, cirurgião na Bahia, solicitando uma pinça de bisturi harmônico para um convênio. Situação muito comum no nosso dia, as vezes merece a abordagem definida pelo colega.

Salvador, 13/10/2010
  Pacientes previamente histerectomizadas portadoras de cistos pélvicos ou anexiais, que
podem ser oriundos de trompa(s) e/ou ovário(s) ou mesmo pseudo-cistos pélvicos,
habitualmente se apresentam com aderências firmes entre grande epíplon, parede
abdominal, ceco, apêndice cecal, alças de delgado, cólons descendente e sigmóide, reto,
bexiga, vagina, ureteres e vasos ilíacos. Em razão do descrito não é difícil imaginar a
dificuldade da realização de intervenção cirúrgica sobre tal região e os riscos que
correm a paciente e o cirurgião, face à possibilidade de lesão dos diversos órgãos e
estruturas citados.
  Eis porque a utilização de um instrumento de energia segura, não mono ou bipolar, para
dissecação e cauterização se faz mandatória. Eis porque solicitei para a cirurgia da Sra.
N.A.R. a liberação, pelo plano de saúde da XXX, de uma tesoura ou pinça de
ultracision.
  O quadro descrito acima é provável, mas pode ser que não seja encontrado e, caso isto
ocorra, o instrumento solicitado não será utilizado, será devolvido ao almoxarifado do
Hospital Santo Amaro, onde a Sra. N.A.R. deverá ser operada.
  Prezado(a) colega médico(a) auditor(a) da XXX: sei que minha palavra, aos seus olhos,
nada vale (por favor, não faça de conta que escrevo um absurdo), sei que aos seus olhos
estou solicitando um material que é dispensável para a realização do procedimento
cirúrgico em questão (por favor, não faça de conta que escrevo um absurdo), sei que
aos seus olhos não passo de um vendido que recebe “algo não contabilizado” para usar
materiais de alto custo (por favor, não faça de conta que escrevo um absurdo). Vivo,
sobrevivo e pago minhas contas com o que recebo pelos atos cirúrgicos que executo (e
só por eles), envergonharia meus filhos se de outro modo me comportasse.
  Apenas peço-lhe a gentileza, se tempo tiver, de observar que na enorme maioria das
solicitações que encaminho quase nunca solicito materiais descartáveis, nem mesmo um
mísero trocáter; se agora estou pedindo a liberação de uma tesoura ou pinça de
ultracision é porque preciso dela para a segurança da minha paciente (e para minha
segurança), nada mais.
  Aguardo resposta do(a) colega médico(a) auditor(a), se possível identificando-se, como
cortesmente faço,