sexta-feira, 8 de junho de 2012

Um pouco mais sobre a questão dos Médicos "Estrangeiros"

Médicos reprovados


  Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas
de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras.
Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar. A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas. As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais do País. As faculdades cubanas, a mais conhecida é a - Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana - são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos. Dos 160 brasileiros que obtiveram diploma numa faculdade cubana de medicina, entre 1999 e 2007, 26 foram indicados pelo *Movimento dos Sem-Terra (MST*).
  Desde que o PT, o PC do B e o MST passaram a pressionar o governo Lula para facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Médica Brasileira
têm denunciado a má qualidade da maioria das faculdades de medicina da América Latina, alertando que os médicos por elas diplomados não teriam condições de exercer a medicina no País.
  As entidades médicas brasileiras também lembram que, dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, entre 2005 e 2009, só 25 conseguiram reconhecer o diploma no Brasil e regularizar sua situação profissional. Por isso, o PT, o PC do B e o MST  optaram por defender o reconhecimento automático do diploma, sem precisar passar por exames de habilitação profissional*- o que foi vetado pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Médica Brasileira. Para as duas entidades, as faculdades de medicina de Cuba, da Bolívia e do interior da Argentina teriam currículos ultrapassados, estariam tecnologicamente defasadas e não contariam com professores qualificados. Em resposta, o PT, o PC do B e o MST recorreram a argumentos ideológicos, alegando que o modelo cubano de ensino médico valorizaria a medicina preventiva, voltada mais para a prevenção de doenças entre a população de baixa renda do que para a medicina curativa. No marketing político cubano, os médicos "curativos" teriam interesse apenas em atender a população dos grandes centros urbanos, não se preocupando com a saúde das chamadas "classes populares".
  Entre 2006 e 2007, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara chegou a aprovar um projeto preparado pelas chancelarias do Brasil e de Cuba, permitindo a equivalência automática dos diplomas de medicina expedidos nos dois países, mas os líderes governistas não o levaram a plenário, temendo uma derrota. No ano seguinte, depois de uma viagem a Havana, o ex-presidente Lula pediu uma "solução"
para o caso para os Ministérios da Educação e da Saúde. E, em 2009, governo e entidades médicas negociaram o projeto-piloto que foi testado em 2010. Ele prevê uma prova de validação uniforme, preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC, e aplicada por todas as universidades. Por causa do desempenho desastroso dos médicos formados no exterior, o governo - mais uma vez cedendo a pressões políticas e partidárias – pretende modificar a prova de validação, sob o pretexto de "promover ajustes". As entidades médicas já perceberam a manobra e afirmam que não faz sentido reduzir o rigor dos exames de proficiência e habilitação.Custa crer que setores do MEC continuem insistindo em pôr a ideologia na frente da competência profissional, quando estão em jogo a saúde e a vida de pessoas.

segunda-feira, 4 de junho de 2012


Com a melhora do instrumental de minilaparoscopia, novos procedimentos são propostos. A partir da experiência inicial do grupo da Universidade Positivo, o Dr. Gustavo Carvalho de Recife nos enviou uma comunicação sobre o seu primeiro caso de tratameto da doença do refluxo gastyro-esofágico através de uma mini fundoplicatura.
Vejam abaixo:
We did today our first Antireflux with the NEW Karl Storz equipment.


Procedure was very successful, patient discharged 6h after surgery
virtually painless. Procedure took 1h:36min (our average is 1h:22)


A 10 mm 30Degree camera hidden in the umbilical site, the liver was lift by 
a combination of 3mm palpation probe and 2 hanging sutures.


Just ONE UGLY 6mm trocar was used for the ligation of short gastrics
with Harmonic scalpel (still missing 3mm ROBI). Through this 6mm trocar 3.5 mm adapter 
was used and 3mm needle holder offered more precise suturing.


Please see the attached photos, will be waiting the comments.


It is noticeable that the 3.5mm trocar made a more evident hole
when comparing with the mini chole (faster) cases with less than 40min.


I believe a photo taken 10 days later will be also interesting.