DO BOLETIM DA ALACE
SECCION: ANALISIS CRITICO: COLECISTECTOMIA PRECOZ EN PANCREATITIS BILIAR LEVE
Early cholecystectomy for mild to moderate gallstone pancreatitis shortens hospital stay.
by David K Rosing, Christian De Virgilio, Arezou Yaghoubian, Brant A Putnam, Monica El Masry, Amy Kaji, Bruce E Stabile
Journal of the American College of Surgeons (2007)
Volume: 205, Issue: 6, Pages: 762-766
Volume: 205, Issue: 6, Pages: 762-766
Abstract
BACKGROUND: The timing of cholecystectomy in gallstone pancreatitis remains controversial. We hypothesized that in patients with mild to moderate gallstone pancreatitis (three or fewer Ranson's criteria), performing early cholecystectomy before resolution of laboratory or physical examination abnormalities would result in shorter hospitalization, without adversely affecting outcomes. STUDY DESIGN: An observational study consisting of a retrospective and a prospective group was conducted. For the prospective group, a deliberate policy of early cholecystectomy (less than 48 hours from admission) was used. The primary end point was total length of hospital stay. Secondary endpoints were time from admission to definitive operation, need for endoscopic retrograde cholangiography, and major complications (organ failure and death). RESULTS: Group I consisted of 177 patients retrospectively reviewed, and Group II was composed of 43 patients prospectively followed. There were no differences between the two groups with respect to demographics. With respect to admission laboratory values, there was a significant difference in median serum amylase, but there were no differences in median serum levels of lipase, total bilirubin, albumin, white blood cell count, or Ranson's score. The median length of hospital stay was 7 days in Group I versus 4 days in Group II (p=or< 0.001). Median time from admission to cholecystectomy was 5 days in Group I versus 2 days in Group II (p=or< 0.0001). Complication rates were similar and there were no deaths in either group. CONCLUSIONS: In patients with mild to moderate gallstone pancreatitis, a policy of early cholecystectomy resulted in a significantly reduced length of hospital stay with no increase in complications or mortality.
A pancreatite biliar é uma das doenças mais comuns nos serviços de emergência em nosso meio. Seu tratamento e prognóstico depende da adequada estratificação do paciente em termos de sua gravidade. O momento da realização da colecistectomia após o início da pancreatite não está claramente estabelecido. Na pancreatite grave recomenda-se aguardar pelo menos 2 ou 3 meses após o evento agudo resolvido.Caso contrário, a mortalidade pós-operatória mostra-se excessiva. Na pancreatite leve, no entanto, parece haver um consenso que se deva esperar que haja o tratamento clínico e a normalização dos exames laboratoriais (enzimas pancreáticas e hepáticas) para a remoção da vesícula biliar durante internação. Na alta, o paciente sem colecistectomia é exposto ao risco de pancreatite recorrente, que pode ser grave. No entanto, a tendência é para aumentar o tempo máximo de espera para colecistectomia, provavelmente, por extrapolação dos conceitos desenvolvidos na pancreatite grave. O resultado é uma longa permanência hospitalar e, em alguns casos, a alta do paciente sem cirurgia. Aboulian et al. Em estudo prospectivo e randomizado, levanta uma ruptura com esse paradigma ao propor a realizar colecistectomia laparoscópica precoce
(dentro das primeiras 48 horas) sem resolução ou não de sintomas ou dos exames bioquímicos. Seus resultados mostram uma diminuição do tempo de internação hospitalar (estadia média de 3 dias), sem evidência de aumento de dificuldades técnicas, da taxa de conversão ou de complicações pós-operatórias. Para os efeitos deste novo conceito sejam adequados, os autores enfatizam a necessidade de que é preciso ter a certeza de estar diante de uma pancreatite leve e não haver cálculos no ducto biliar. É provável que esta conduta leve a uma alta taxa de colangiografia intra-operatória com coledocolitíase com o aumento conseqüente de CPRE no pós-operatório. É, portanto, atrativo que esta experiência seja replicada no contexto de estudos controlados em diferentes instituições.
(dentro das primeiras 48 horas) sem resolução ou não de sintomas ou dos exames bioquímicos. Seus resultados mostram uma diminuição do tempo de internação hospitalar (estadia média de 3 dias), sem evidência de aumento de dificuldades técnicas, da taxa de conversão ou de complicações pós-operatórias. Para os efeitos deste novo conceito sejam adequados, os autores enfatizam a necessidade de que é preciso ter a certeza de estar diante de uma pancreatite leve e não haver cálculos no ducto biliar. É provável que esta conduta leve a uma alta taxa de colangiografia intra-operatória com coledocolitíase com o aumento conseqüente de CPRE no pós-operatório. É, portanto, atrativo que esta experiência seja replicada no contexto de estudos controlados em diferentes instituições.
Dr. Gustavo Reaño Paredes
Cirugía de Páncreas, Bazo y Retroperitoneo
Hospital Almenara Lima -Perú
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