quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Do site globo.com - 15/10/2012
Raio X mostra objeto esquecido em mulher 5 meses após cirurgia no DF
Servente diz sentir dores constantes desde que tirou pedras da vesícula.
Secretaria de Saúde disse que caso pode ser investigado após denúncia.
Cinco meses após uma mulher de 45 anos realizar cirurgia de vesícula no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, um exame de raio X abdominal detectou a presença de um clipe metálico dentro do corpo dela, na cavidade pélvica. Adriana Dias Vieira fez a cirurgia em 11 de maio, para retirada de pedras da vesícula, e, desde então, diz sentir dores constantes na barriga.
No último dia 8, Adriana, que é servente terceirizada da Câmara dos Deputados, passou por exame de raio X no departamento médico da Casa. “O médico que analisou o exame disse que foi detectado um objeto metálico lá dentro. Ele falou para eu realizar novo exame dias depois, porque caso fosse algo que eu tivesse comido, ia acabar saindo”, afirmou a servente.
O segundo exame, feito na última quinta-feira (11), detectou o clipe metálico novamente. “A única cirurgia que eu fiz foi a da vesícula. Pode ter acontecido algum acidente e ter caído alguma coisa”, disse Adriana.
Em nota, a assessoria da Secretaria de Saúde afirmou que a utilização de clipes em alguns procedimentos cirúrgicos é normal e que o procedimento é consagrado no mundo inteiro. No caso de Adriana Dias Vieira, o clipe foi usado para operação de vesícula e não houve nenhuma anormalidade na operação, diz a nota.
A secretaria informou ainda que Adriana precisa fazer denúncia junto à ouvidoria do Hran para que o caso seja apurado. Conforme a pasta, não foi recebida queixa formal da paciente e ela vai entrar na fila de atendimento para fazer todos os exames e procedimentos necessários.
Na tarde desta segunda-feira (15), Adriana passou por tomografia, que foi levada para análise no Hran. A servente informou que foi encaminhada de volta para o hospital depois de levar o raio X a um posto de saúde.
Segundo ela, o médico que a atendeu disse que há casos em que grampos são deixados no corpo do paciente depois da cirurgia. “Eles disseram que isso, o grampo ficar dentro da pessoa, é normal, que tem pessoas que fazem a cirurgia e ficam vários grampos dentro”, afirmou.
Clipe metálico na cavidade pélvica visto em raio X (Foto: Foto: Felipe Neri/G1)
OBS. Intercorrência usual em colecistectomia videolaparoscópica em que a maior parte dos cirurgiões usam clips, a queda de clips pode eventualmente gerar alguma intercorrência. Existem relatos incidentais na literatura. De qualquer maneira, é pouco provável que o quadro clínico do paciente seja causado por este clip. O ideal é não usar clip e se utilizá-lo, ter material adequado e o cuidado de visualizar a entrada do clipador.
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